Mato Leitão: estudo indica que população  ainda mistura lixo doméstico

Em agosto, a empresa Urbana Logística Ambiental do Brasil, com sede em Porto Alegre, realizou uma análise do resíduo sólido (lixo) produzido pela população. Através da gravimetria, método para identificar tipos de materiais, está em elaboração um completo raio-x da área, inclusive para apontar a melhor estratégia para descarte.

O trabalho integra um projeto regional do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). A primeira fase envolve a atualização dos planos municipais e, depois, será elaborado um projeto amplo pensando em soluções regionalizadas para resíduos sólidos. A análise do material foi coordenada pela engenheira ambiental Camila Frohlich, Mestre e Doutoranda em Desenvolvimento Regional.

Foto: Imprensa / Prefeitura Mato LeitãoTrabalho de análise fará parte do projeto regional para destino correto do lixo
Trabalho de análise fará parte do projeto regional para destino correto do lixo

Ela explica que foi observado como a população dispõe o lixo para coleta, se ocorre separação, entre outros aspectos. “Quantificamos também os materiais para reaproveitamento (reciclável), estimativa de rejeitos para aterro e percentual de material orgânico”, disse. De acordo com quantidade analisada, a estimativa que cada habitante de Mato Leitão produza quase 600 gramas de lixo a cada dia.

MISTURAA equipe constatou que a população ainda mistura muito o lixo (reciclável e orgânico). “A população rural, que poderia colocar seus orgânicos nas hortas e pátio em geral, não o faz. Percebemos ainda medicamentos veterinários, óleo, pilhas e eletroeletrônicos. Falta muita consciência quanto à separação e ao correto descarte”, avalia Camila.

MATERIALAlumínio, papel, papelão, plástico, vidro, isopor e material orgânico integram o lixo de Mato Leitão. A equipe analisou parte do material recolhido no interior (carga de 2,5 mil quilos), cidade (3,6 mil quilos) e ainda do catador (2,5 mil quilos). O recolhimento ocorre sempre aos sábados e segundas-feiras pela empresa Transmello, de Passo do Sobrado, que recebe R$ 21,1 mil por mês. No interior, o trabalho ocorre duas vezes por mês.

CURIOSIDADE“É evidente que os estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços destinam o lixo de sua responsabilidade para a coleta pública. O município e, consequentemente, os cidadãos, pagam a conta que deveria ser de particulares. O lixo com características e quantidades distintas do lixo domiciliar é de responsabilidade do seu gerador”, revela.