Um dos pontos turísticos mais visitados da praça vermelha, em Moscou, é sem dúvida o espaço criado para abrigar os restos mortais do líder comunista Vladímir Lênin (1870-1924). Revolucionário, à frente do Partido Comunista e primeiro presidente da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, morreu há 90 anos. Símbolo de inspiração para uns e de subversão para outros, o controverso líder literalmente não foi enterrado e ainda permanece no imaginário político nos dias de hoje. Desde os anos soviéticos, multidões visitam o santuário. A estimativa é de que o espaço receba 2,5 milhões de pessoas por ano. Muitas pessoas ainda depositam no espaço flores, em homenagem ao ex-presidente da URSS. O edifício foi um verdadeiro emblema do bloco comunista durante o período da União Soviética.Agora, porém, a opinião pública russa debate a questão de onde deve ficar o corpo de Lênin. De acordo com uma pesquisa recente realizada por um centro de estudos de opinião pública, mais da metade dos russos, 61%, acredita que o líder soviético deve ser sepultado em outro lugar, enquanto apenas 23% se opõem à transferência.
IMPRENSA NA RUAApós garantir uma credencial para acompanhar todas as reuniões da Conferência das Partes, fui surpreendido pela determinação da mesa diretora do evento, de que ninguém, a não ser delegações dos países membros da Convenção, poderiam entrar nos espaços de debate. Sendo assim, muitos profissionais da mídia se retiraram do evento como forma de protesto, afirmando não voltar mais. Ainda restam quatro dias para concluir a COP6, e os dois primeiros não foram fáceis, uma vez que nem uma parte do governo brasileiro ou de membros que participam do evento, falam com os repórteres. Além disso, normas foram criadas para dificultar ainda mais, como por exemplo, pedir autorizações para publicar as fotos tiradas em reuniões paralelas e até mesmo proibir a circulação de câmeras nos locais da conferência. O fato é que, além dos membros governamentais dos 140 países, poucas pessoas circulavam pelos corredores do local. Se a proposta era afastar o público e os jornalistas, para alguns deu certo. Para os representantes da cadeia produtiva do tabaco, as medidas só reforçam a falta de democracia que existe durante o evento mundial, dando mais força para manter a presença.
PARQUESA Europa mantém a tradição de construir grande parques e áreas com bosques. Em Moscou não é diferente, e estes espaços garantem caminhadas agradáveis entre o metrô e o local da conferência. Neste período, os tons alaranjados e amarelados das folhas se destacam no céu cinza. Pelo menos 30 áreas verdes existem na parte central da Rússia, fora os bairros da metrópole. Os parques em áreas florestais também crescem no país. O governo russo mantém um programa especial de proteção das zonas florestais, prevendo-se a criação, até 2020, de 11 novas reservas e 20 parques nacionais. Atualmente as reservas naturais ocupam na Rússia uma área de 203 milhões de hectares.