
Depois de manter inalterado por quatro vezes consecutivas, a Petrobras anunciou nesta quarta-feira, 12, novo aumento no preço da gasolina nas refinarias, com reajuste de 1,02%. Dessa forma, o preço do combustível passa de R$ 2,2069 para R$ 2,2294 a partir de hoje. Com o aumento, o valor atingirá uma máxima dentro da política de reajustes diários, iniciada há mais de um ano.
Esses aumentos em intervalos curtos podem não refletir em mudanças bruscas no valor da gasolina nos postos, mas se a comparação for entre meses, por exemplo, a diferença fica bem mais clara. Na tarde de ontem, 12, a Folha do Mate percorreu 17 postos de Venâncio Aires para fazer um levantamento dos preços cobrados à vista. Na média, o litro da gasolina comum custa R$ 4,83 e aumentou R$ 0,063 na comparação com julho. No dia 10 daquele mês, o levantamento apontava média de R$ 4,767 no litro. Antes disso, em 28 de junho, o preço era de R$ 4,684.

Conforme os valores informados, o posto com a gasolina comum mais barata é o Chama, na RSC-287, com o litro a R$ 4,670. Já o valor mais caro estava no Vamakito da Voluntários da Pátria – R$ 4,900.
QUASE UM SALÁRIO EM GASOLINA
Em uma linguagem popular, reclamar do preço da gasolina é como “chover no molhado” para muita gente. Conversando com algumas pessoas que foram abastecer seus veículos na tarde de ontem, expressões como “Fazer o quê?” e “É assim mesmo” foram as mais ouvidas pela reportagem. Isso para quem nem usa seu veículo para o trabalho.
Mas no caso de José Alberto Federhem, 53 anos, ir aos postos é rotina. Representante comercial, ele conta que pelo menos três vezes por semana precisa abastecer. “Dá em torno de R$ 900 reais por mês, incluindo carro e moto.” O valor mencionado por Federhem é só R$ 54 menor que o salário mínimo.

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