Foto: Divulgação / Arquivo PessoalTipuana plantada na Osvaldo Aranha, esquina com a Jacob Becker, estava morte a foi removida na sexta-feira, após solicitação de Flávio Seibt
Tipuana plantada na Osvaldo Aranha, esquina com a Jacob Becker, estava morte a foi removida na sexta-feira, após solicitação de Flávio Seibt

Nove anos, dezenas de protocolos e uma uma preocupação segue tirando o sono do médico aposentado Flávio Seibt em Venâncio Aires: as raízes das tipuanas, plantadas ao longo da Osvaldo Aranha, centro do município.

Na sexta-feira, 12, o proprietário do edifício Seibt encaminhou à Prefeitura mais um protocolo solicitando a retirada urgente de cinco tipuanas em frente aos prédios de sua propriedade. Desta vez, além de uma árvore morta – que foi retirada no mesmo dia da solicitação -, o tombo de uma senhora na calçada em frente ao prédio, motivou o pedido. “Ela fraturou o rosto, especialmente o nariz, pois tropeçou na calçada que está em desnível por causa das raízes das tipuanas”, garante o médico aposentado.

Seibt esteve na Folha do Mate na sexta-feira quando anunciou que vai ingressar na Justiça para obter uma garantia de que o Município é responsável por qualquer acidente ou queda que aconteça devido as tipuanas. “Não fui eu que plantei, então de quem é a culpa e responsabilidade? Do Município? Também acho o túnel verde bonito, mas o ônus é impagável”, questiona-se. Seibt teme algum desastre e os riscos aos pedestres e aos ocupantes dos prédios comerciais. “Defendo a susbtituição total. Elas comprovadamente são impróprias para arborização pública.”

Além do receio de acidentes, Flávio enumera as diversas vezes que teve que consertar as calçadas e até a encanação em função das raízes. “Sei que a calçada é de minha responsabilidade, mas quem está estragando-as são as tipuanas que estão invandido os prédios e causando rachaduras. E se um prédio desses construído em 1927 cair, o que vai acontecer? ” Para ele, a Prefeitura se omite sobre o tema e de todos os protocolos enviados, a maioria não teve retorno ou foi autorizada uma poda não radical.

Mudança gradativa

Flávio sugere a construção de uma cortina de concreto e dois mestros de profundidade e 40 centímetros de largura, além da colocação de chapas de aço e revestimento de plástico especial e resistente para controlar as raízes, no entato, a Prefeitura já tem planos para a arborização central, garante o Secretário de Meio Ambiente, João Sthal.

Conforme o titular da pasta, o assunto é complexo e devem ser seguidas as leis ambientais. “Ninguém pode pegar uma motossera e sair cortando as árvores”, frisa. Sthal observa que está previsão uma substituição gradativa no projeto de revitalização da Praça da Matriz, já anunciado pela Administração. A ideia, explica o secretário, é iniciar a susbtituição gradativa no início do próximo inverno. Para a remoção, o critério será a agressividade da árvore. “ Caso a caso será avaliado.”

Uma das espécies cotadas é a Pau-Ferro, indicada para passeios públicos. Inclusive cerca de dez árvores de cerca de 1,80 centímetros de altura foram plantadas nos últimos dias no centro de Venâncio, na margem da Praça.

Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 16/09/2014.