Mesmo com a cadeia produtiva e a indústria estarem entre os setores mais afetados pelas manifestações que ocorrem desde o início da semana, a empresária e presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Fabiana Bergamaschi, destaca que é preciso ter união entre os setores e lutar por melhorias.“Nós empresários já manifestação contra as dificuldades e contra a desindustrialização que o país está sofrendo. Mas, não fomos ouvidos. Agora a insatisfação é geral e afetou toda a cadeia econômica.”Por isso, a Caciva emitiu um comunicado, na tarde de ontem, explicando que apoia a iniciativa das mobilizações e a caminhada que ocorre, hoje, a partir das 8h30min. Como representante do Comércio, Indústria e Serviços, a Caciva tem defendido em conjunto com as entidades representativas estaduais ações que possam atingir os objetivos diretamente com os órgãos competentes. A organização do movimento é independente da entidade e as empresas associadas tem a liberdade de adesão ou não. A entidade também se disponibiliza a levar para as esferas estaduais e federais as demandas apresentadas no movimento. Fabiana ressalta que, antes das manifestações, a crise já estava acentuada. Como as pessoas de diferentes setores estão afetadas, com as mobilizações o esperado é que o Governo se sensibilize. “Quero acreditar que eles olhem diferente para a população depois disso tudo. Mas, o resultado depende das ações que eles definirem. A cadeira inteira está descontente com a crise que gera prejuízo. Isso afeta a logística, comércio, agricultura, indústria. Algo tem que ser feito.” Para ela, é preciso unir forças com entidades como Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e Fecomércio para que ocorra mudanças.