Cerca de 30 mil servidores estaduais são esperados para assembleia geral do funcionalismo hoje na Capital. Insatisfeitos com a situação do Estado, professores, policiais, bombeiros se reúnem no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, a partir das 14h. Com a mobilização, alguns serviços terão alterações ao longo do dia. Líderes sindicais não descartam greves caso não haja uma posição do governo.
A principal movimentação parte da categoria dos professores. Somente da região, serão 15 ônibus que se deslocam à Porto Alegre, totalizando cerca de 600 professores, além das demais categorias. De Venâncio, são cerca de 100 professores que irão participar tanto da Assembleia geral do Cpers/Sindicato, que ocorre pela manhã, a partir das 10h, no Gigantinho, como também no ato à tarde, a partir das 14h, no centro de Porto Alegre. Além de um ônibus fechado pelos professores da Escola Monte das Tabocas, o 18º Cpers coloca à disposição dois ônibus para professores de Venâncio, sócios do Sindicato. A saída é às 5h45min, da Praça da Matriz.
Para o presidente do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Renato Müller, a busca é por uma abertura de diálogo com o governo estadual. “Esperamos que com essa forte mobilização que estamos fazendo que o governo do Estado recue com relação aos projetos enviados à Assembleia, parcelamento dos salários e a derrubada da PL 206/2015, que já circula na Assembleia e atinge a todos. Queremos que sejam tirados esses projetos enganosos, ruins para toda a sociedade. Esperamos ao menos um posicionamento através de um documento oficial.”
Os projetos de ajuste fiscal, como aumento de ICMS, extinção de fundações, enviados pelo Executivo para a Assembleia Legislativa se tornaram um agravante para a crise entre Piratini e funcionalismo. Outra reivindicação da categoria é de que o governo Sartori ingresse com ação na Justiça para obrigar a União a cumprir a lei que muda a correção das dívidas de estados e municípios.
O sindicalista ainda explica que caso não houver uma posição do governo, a opção é por greve. “Na nossa assembleia unificada na quarta-feira passada decidimos por nos posicionar contrários a uma greve por tempo indeterminado, mas caso o governo não negociar, há a possibilidade de uma greve forte de três dias, e de continuarmos com redução dos períodos de horas aulas até final do mês e vamos traçar outras estratégias, principalmente o convencimento dos pais e alunos de se

aliarem a nossa causa.”
Em Venâncio Agentes da Polícia Civil de Venâncio participarão da mobilização, na Capital. Segundo o delegado Felipe Cano, ele e alguns policiais permanecerão na Delegacia de Polícia. Do Corpo de Bombeiros, ninguém participará do ato, assim como dos serventuários da Justiça.
Já nos educandários estaduais no município, dois deles estarão sem aulas. A escola Zilda de Brito Pereira, no bairro Gressler, não terá aulas, no entanto, os professores estarão de plantão no educandário. Na escola Monte das Tabocas também não haverá aulas, já que mais de 50% dos servidores aderiram à mobilização. Do educandário, 46 professores irão participar da assembleia na Capital, para onde irão se dirigir em um ônibus próprio.
Hoje nas escolas estaduais de Venâncio
Zilda – sem aulas – professores estarão de plantão na escola – retornam aula normal na quarta Monte das Tabocas – sem aulas hoje – 46 professores irão à PoA – retornam aula normal na quarta Crescer – horário reduzido – 10h10min/tarde15h40min – 23 professores vão à PoALeontina – com período reduzido – manhã aula até as 11h e a tarde até às 16h. Vão seis professoresCAJ – aula normal nos três turnos – dez professores vão à PoA11 de Maio – aula normal – duas professoras vão à PoABrígida do Nascimento– aula normal – três professoras vão à PoAJubal Junqueira – aula normal – quatro professores vão à PoAMariante – aula normal – três professores vão à PoAWolfram – aula normal Cristiano Bencke – aula normal25 de Julho – aula normal
*A reportagem tentou contato com as demais escolas, mas não obteve retorno