Aguardada há mais de um ano pelos moradores do União Bela Vista, bairro conhecido popularmente como Vila Táta, a construção da rede de esgoto deve acontecer
ainda em 2016, conforme informações do secretário Municipal de Planejamento, Celso Knies.
De acordo com Knies, o entrave está justamente no projeto, que segue tramitando internamente na Administração. O engenheiro civil da Pasta, Adilson Sterz, que elaborou o projeto, explica que a demora se deve indefinição de quem fará a execução da obra: a Prefeitura, através da Secretaria de Obras, ou se vai ser aberto um processo licitatório para empresas interessadas em realizarem o trabalho.
A estimativa inicial é de que a obra custe R$ 70 mil, recurso proveniente do Fundo de Gestão Compartilhada. “Esse Fundo é como se fosse uma poupança fruto do convênio entre a Prefeitura e a Corsan”, explica Stertz. A demora, segundo ele, também se atribui ao aval da Corsan, que define qual a melhor forma de fazer a instalação, pois precisa-se seguir uma normativa da estatal. “Não é a Prefeitura chegar e fazer. O que se estuda é que seja feita uma rede pluvial nas ruas, que recolhe e direciona o esgoto a um córrego ou sanga existente lá.”
Moradora do bairro há 15 anos, Rosane Bittencourt, lamenta a demora para o início dos trabalhos de canalização no bairro. “Até hoje não foi feito nada, tudo está do mesmo jeito. é muito ruim no fim da tarde sentar em frente a casa para tomar um chimarrão e ter aquele cheiro insuportável, ou então ver meu filho jogar futebol e ver ele buscar a bola, que cai, dentro do esgoto.”
Cansada de esperar, Rosane providenciou a canalização em frente à sua residência. “Há cerca de cinco anos fui obrigada a fazer a canalização na frente da minha casa para não continuar com o esgoto a céu aberto, pois meu marido tem comércio e como ficaria com os clientes virem e terem que estacionar do lado do esgoto. A minha vizinha ao lado fez o mesmo. Já outros, não têm condições de fazer uma obra assim. Não foi pouco o que gastei. Como não tinha condições de pagar
alguém pra fazer, nós mesmos cavamos e colocamos os bueiros, compramos a terra para largar em cima.”
“Acho injusto ter que pagar R$ 500 de IPTU e não ter o mínimo de qualidade de vida.”Rosane BittencourtMoradora da Vila Táta