
Depois de ter sido renovado por dois meses, no fim de fevereiro, para que fosse possível discutir a renovação do convênio, o contrato da Prefeitura com o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) deve ser aditado por mais seis meses, a partir de 2 de maio. A justificativa da secretaria municipal de Saúde é de que os valores previstos no orçamento não atingem, nem mesmo, o atual valor do contrato.
“Temos R$ 1,5 milhão a menos previsto no orçamento para cumprir o contrato vigente”, explica o secretário Ramon Schwengber. De acordo com ele, a decisão de aditar o contrato por mais meio ano foi tomada no fim da última semana, e envolveu representantes das secretarias de Saúde e Fazenda, do Controle Interno, e da Procuradoria Jurídica, além do prefeito Giovane Wickert.
“Resolvemos aditar o contrato do hospital por mais seis meses, nos mesmos valores. Estamos esperando fechar o primeiro quadrimestre da gestão municipal, para tentarmos reprojetar o orçamento da Prefeitura e buscar recursos”, afirma.
O valor atual do contrato entre Município e HSSM é de R$ 19,98 milhões, por ano. Por mês, são repassados R$ 1.665.827,47 à instituição de saúde. Do montante, R$ 755.463,75 são oriundos de repasses federais, R$ 400.647,50 do Estado e R$ 443.972,20 da Prefeitura. “Na prática, temos em torno de R$ 18,5 milhões disponíveis para um contrato de quase R$ 20 milhões, isso sem os reajustes”, afirma Schwengber.
Todos os contratos do Município foram renegociados, com redução de 30% a 50% no valor. O do hospital é um dos únicos que foi mantido com o mesmo valor. Sabemos que não é o ideal, mas é o que está ao nosso alcance
Ramon Schwengbersecretário municipal de Saúde
Além disso, ele e a auxiliar administrativo Rosângela Menzel Ellert, lembram que as pendências em repasses do governo do Estado para a secretaria de Saúde ultrapassam R$ 2 milhões. De acordo com o titular de Saúde, apesar das dificuldades financeiras, os pagamentos do hospital e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) são prioridade para a pasta. “Todos os contratos do Município foram renegociados, com redução de 30% a 50% no valor. O do hospital é um dos únicos que foi mantido com o mesmo valor. Sabemos que não é o ideal, mas é o que está ao nosso alcance”, ressalta Schwengber.
O Hospital São Sebastião Mártir, por meio do seu diretor financeiro Eloy Kühleis, preferiu não se posicionar sobre o assunto.