Sem acordo. Assim pode ser resumido o encontro na sede do Sindicato Interestadual das Indústrias do Tabaco (SindiTabaco), em Santa Cruz do Sul, realizado nesta quinta-feira, 17, entre os representantes das fumageiras de Venâncio Aires e do Sindicato dos Trabalhadores do Fumo.
As partes não evoluíram nas negociações da convenção coletiva com data- base em dezembro. “Não houve avanço nenhum e ainda estamos esperando uma proposta condizente para a nossa pauta”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires Rogério Siqueira.
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Ele acrescenta que a pauta é extensa e que o sindicato espera um retorno no reajuste do piso salarial da categoria, mais o percentual em cima da cesta básica. Na cesta básica, o pedida é de R$ 150, enquanto as empresas oferecem R$ 125.
Quanto ao piso salarial, espera-se o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 3%, porém, em duas rodadas de negociações, não houve acordo. “Estamos pedindo o INPC mais 1% de ganho real”, frisa Siqueira. Hoje, o piso salarial está em R$ 994,40 e com o índice de 7,3% oferecido pelas fumageiras, o piso chegará aos R$ 1.064. “Queremos 1% de ganho real em cima destes 7,3%, mais o INPC que ficará entre 7,6% em 7,8%. Pedimos 3%, mas já vimos que não seremos atendidos, esperamos que pelo menos saia 1%.”
Depois das negociações desta quinta-feira, as fumageiras se reunirão entre elas na próxima semana e darão o retorno. A partir disso, os sindicatos se reunirão novamente para estudar os itens em negociação e se as pautas forem atendidas a proposta será apresentada aos trabalhadores durante uma assembleia que será convocada.
