ENTIDADES – Três projetos aprovados por unanimidade na sessão da Câmara de segunda-feira, 13, autorizam a Prefeitura a firmar parceria e repassar recursos para entidades assistenciais de Venâncio Aires. O PL 009/2017 tem relação com a ONG Parceiros da Esperança (Paresp), que vai receber R$ 120 mil. Já o Centro de Assistência Social de Venâncio Aires (Casva) terá à disposição R$ 293 mil, conforme especificado no PL 010/2017. A creche do Hospital São Sebastião Mártir, por sua vez, receberá repasses que totalizam R$ 158,5 mil. Na próxima sessão deve ser votado o PL 012/2017, que autoriza o Município a repassar R$ 466.749,60 para a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Deste valor, R$ 321 mil são oriundos do Fundeb, enquanto R$ 145.749,60 se referem ao piso de transição de média complexidade. O projeto trata ainda da cedência de professores e custeio do transporte escolar para os alunos.

MOçãO – Também por unanimidade, os vereadores aprovaram a moção proposta por Sandra Wagner (PSB), que solicitava o envio ao senador Paulo Paim (PT) de mensagem de apoio ao pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as contas da Previdência Social.

AUDIêNCIAS – Os vereadores André Puthin (PMDB) e Ezequiel Stahl (PTB) reclamaram das críticas nas redes sociais em relação às audiências públicas propostas pelos parlamentares. O peemedebista disse que, nas redes sociais, “as pessoas dizem que audiência pública é só para fazer politicagem”, o que na opinião dele desvaloriza o trabalho legislativo. Puthin argumentou que muitas coisas são encaminhadas e até mesmo se resolvem durante audiências públicas, citando como exemplo o encontro que discutiu a questão do esgoto da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), ocorrido na última sexta-feira, 10. Proponente da atividade, Ezequiel Stahl afirmou que audiências públicas geram resultados práticos, “ao contrário de comentários no Facebook, que é um muro de lamentações e onde as pessoas acham que tudo se resolve”.

DEFESA CIVIL – Com nova ocorrência de enxurrada durante o fim de semana, o assunto ‘Defesa Civil’ voltou a ser pautado na Câmara. A primeira a comentar foi a vereadora Izaura Landim (PMDB), que chamou atenção para a necessidade de que o órgão esteja bem organizado para poder atuar em situações delicadas. Ela usou como exemplo o desastre natural registrado em São Francisco de Paula, município onde foram registradas mortes e desaparecimentos de pessoas, além de feridos e desalojados. Aproveitou para trazer para discussão a questão do Arroio Castelhano, mandando um forte recado: “Uma população mal educada, é isso que nós somos, pois colocamos lixo no nosso bem maior, que é a água”. Vários outros parlamentares se manifestaram a respeito, ressaltando principalmente que mais recursos deveriam ser destinado para as ações da Defesa Civil e que o número de voluntários não é suficiente para o atendimento de ocorrências em momentos de necessidade de agilidade.

ESTRADAS – Governistas que foram à tribuna, como Clécio Espíndola, o Galo (PTB), voltaram a pedir paciência da população no que se refere às condições das estradas do interior. De acordo com ele, “o tempo não tem ajudado a Administração, e serviços que já haviam sido realizados acabaram se perdendo por conta da chuva”. Em alguns casos, completou o petebista, “a estrada ficou pior do que estava”. Ele salientou que o Executivo está recuperando máquinas e que as comunidades serão atendidas na medida do possível, seguindo cronograma da Prefeitura.

PEVA – A audiência pública sobre a Peva também repercutiu no Legislativo. Entre os comentários, chamou atenção o pronunciamento do vereador Eduardo Kappel (PP), que disparou até contra o juiz João Francisco Goulart Borges, responsável pela Vara de Execuções Criminais. Segundo o pepista, o magistrado também teria parcela de ‘culpa’ pela instalação do presídio em Vila Estância Nova. “Ele achou que só viriam presos regionais e, assim como o prefeito anterior [Airton Artus, do PDT], estava errado. Fiquei quatro anos me posicionando contra a penitenciária aqui, mas não ouviram e agora temos presos das facções Os Manos, Brasa, Bala na Cara e Cova Rasa em Venâncio Aires. Sem contar que nunca se vendeu tanta droga e houve tantos homicídios no município como agora”, argumentou.

HOSPITAL – Sid Ferreira (PDT) falou sobre a visita do administrador do Hospital São Sebastião Mártir, Jonas Kunrath, aos vereadores, na reunião do plenarinho, que antecede as sessões e é restrita. De acordo com ele, o administrador atendeu pedido para comparecer ao Legislativo e falar sobre as denúncias feitas pelos vereadores Eduardo Kappel (PP) e Ciro Fernandes (PSC) na sessão anterior – eles disseram na tribuna que pacientes estariam sendo pressionados para optar por procedimentos pagos. Conforme Sid Ferreira, a direção do hospital está verificando prontuários de atendimentos para “saber a veracidade dos fatos”. O presidente do HSSM, Oly Schwingel, acompanhou toda a sessão da Câmara, mas não se manifestou publicamente. Apenas teve conversas reservadas com alguns parlamentares.