Nova lei dos trabalhadores domésticos entra em vigor

-

A partir de hoje, 7, os patrões que não regularizaram o contrato de empregados domésticos na carteira podem pagar multas de até R$ 805,00 por mês, conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 120 dias de adequação à legislação, que entra em vigor nesta quinta-feira e assegura aos empregados domésticos os mesmos direitos dos trabalhadores de outras atividades.

A nova lei, que ficou conhecida no Brasil como PEC das Domésticas, amplia os direitos trabalhistas dos empregados deste ramo. Assim, alguns direitos, como jornada máxima de 44 horas semanais – e não superior a 8 horas diárias – e o pagamento de hora extra, adicional noturno, seguro-desemprego e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), começam a valer. O MTE promete fiscalização acirrada.

Foto: Lucas Machado / Folha do MateA doméstica Jussara ajudou na criação de Henrique
A doméstica Jussara ajudou na criação de Henrique

PRECAUçãO

Ao mesmo tempo que muitas relações de trabalho podem parar nos tribunais, existe também quem já tenha se precavido em relação ao tema. A dona de casa Vera Kroth, que há oito anos tem Jussara Rodrigues como doméstica, está tranquila. As duas, na verdade, estão tranquilas. Empregadora pelo fato de estar cumprindo a legislação, e empregada por ter direitos garantidos, como qualquer outro trabalhador.

Já se vão cinco anos que Ju, como é carinhosamente chamada pela família de Vera, teve a situação formalizada em carteira. Logo que começou a prestar serviço para os Kroth, a doméstica tinha um segundo emprego, numa fumageira, onde era registrada. Dessa forma, ganhava um extra cuidando de Henrique – hoje com sete anos -, filho de Vera, que tinha poucos meses de vida. “Eu trabalhava e a Ju morava na frente da minha casa, aí pudemos nos ajudar. Depois, veio o vínculo empregatício”, recorda Vera.

MERCADO

Três anos depois de conhecer a família, Jussara recebeu o convite para trabalhar com os Kroth em tempo integral, no mercado da família, com carteira assinada. “Sempre pensávamos que a Jussara poderia precisar de algum amparo, algum tratamento médico, e mesmo que ela iria se aposentar um dia. Como temos uma ligação de amizade, decidimos por contratá-la”, destaca Vera. As principais mudanças foram pagamento de férias, horários de trabalho, intervalos e folgas. “Ficou melhor pra nós duas”, analisa.

 Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 07/08/2014



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido