A perda do pai aos 12 anos lhe afastou cedo da sala de aula. Numa família de cinco irmãos, a situação logo ficou difícil e Celso teve que parar os estudos na 6ª série para ajudar a família. Celso Krämer é agricultor desde criança. Aos seis anos já auxiliava os pais Sirio e Maria Krämer na lavoura. Natural de Tucunduva/ RS, morou lá até os 15 anos.

Teve uma infância humilde e sempre rodeada de amigos. Morando no interior, buscavam nas coisas mais simples uma ideia para brincar. “A gente criava os brinquedos. Lembro que a gente fazia uns carrinhos de folha de bananeira e com rodinha de bergamotinha”, recorda aos risos.

Diante das dificuldades, a família foi morar em Porto Alegre quando Celso tinha 15 anos. Na capital, a família buscou melhores condições de vida e oportunidades. A mãe de Celso abriu um restaurante e ele conseguiu emprego de montador de móveis. Permaneceu até os 19 anos. Neste período conheceu sua esposa, a Ivanir, com quem logo depois se casou e veio morar em Venâncio, fixando residência em Taquari Mirim, localidade que mora até hoje.“Como minha mãe é de Venâncio, ali de Linha Herval, vínhamos passear aqui de vez em quando e daí conheci a Ivanir”.

Nos primeiros anos, morou em terras do seu sogro e logo começou a trabalhar no fumo como meieiro. Em 1988 comprou sua primeira área de terra. “Sempre fui colono mas não plantávamos somente fumo. Sempre procuramos diversificar. Nossa alimentação basicamente saía da nossa terra”.

Hoje, aos 45 anos, Celso é pai de dois filhos. Diego, de 25 anos e Jéssica, de 16. Krämer se considera um apaixonado pelo interior. “Comecei do zero e hoje me considerado um colono de sucesso, realizado”. Além de cuidar da plantação de fumo nos fundos de casa, administra outras nove propriedades. Há 27 anos produz para a mesma empresa tabacaleira. Pelos seus cálculos, a produção de tabaco seco chega a 120 mil quilos por safra.

Sua rotina é coordenar suas propriedades onde emprega cerca de 40 pessoas, participar das atividades como vereador e o trabalho na lavoura. “Faço de tudo um pouco aqui, planto, colho”. Para Krämer, ser colono é um orgulho. “é através do fumo que pude pagar a faculdade do meu filho que hoje é formado em Educação Física”, relata.

POLíTICA

 

Celso Krämer ingressou em 2007 na política apadrinhado por Sergio e Kelly Moraes que lhe convidaram para se filiar ao PTB. “Nunca pensei em ser político, isso nunca tinha passado pela minha cabeça”. Mas antes disso, já marcava sua passagem como membro efetivo de sua comunidade. Por várias vezes presidiu a comunidade São Manuel de Taquari Mirim. Também atuou à frente da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Estância Nova.

Além disso, antes de se filiar ao PTB, atuou como uma liderança da localidade, especialmente em prol da escola municipal Coronel Thomaz Pereira, que fica ao lado de sua casa, em áreas de terras doadas pela sua família. “Anos atrás era uma escolinha precária, de uns 15 alunos. Hoje são cerca de 200, com uma estrutura grande”. Conta que sempre atuou buscando emendas e articulando melhorias para a escola junto ao governo municipal. Também somou esforços para construção de ginásios para Taquari Mirim.

Filiado, em 2008 colocou seu nome à disposição do partido. “Eu não era conhecido na política, mas na comunidade sim”. Na estreia conquistou 1.400 votos e foi o terceiro mais votado. Quase todos os votos foram conquistados no nono distrito. Em 2010 concorreu a deputado estadual e fez quase 14 mil sufrágios. Em 2011 assumiu a presidência do partido e trabalhou pela ampliação dos quadros e pela interiorização do PTB. No mesmo ano, em outubro, se anunciou como pré-candidato a prefeitura de Venâncio, mas abriu mão no início deste ano para apoiar a chapa de Nilson Lehmen (PMDB) e Juçara Ferreira (PSDB). Se lançou novamente candidato a vereador e recebeu a quinta maior votação, com 1.149 votos.

Ele vai defender na tribuna

ASSOCIAçõES – pretende se reunir com o prefeito e trabalhar em prol das associações de produtores rurais, especialmente no oferecimento de máquinas que possam atender as demandas dos agricultores;

FUMICULTURA – vai continuar atuando em defesa do tabaco, provendo audiências públicas e debates com lideranças, levando a mensagem do produtor que depende da produção.;

ESTRADAS – que continuar defendendo melhorias nas estradas e entradas de propriedades do interior;

CPAVA e DROGAS – Assim como trabalhou até agora, quer continuar defendendo maior segurança para os moradores de Estância Nova e soluções para a Colônia Penal Agrícola. Bem como, afirmou que pretende retomar as discussões sobre as drogas, especialmente sobre o uso do crack que o levou a criar projeto denominando esta droga como a ‘pedra da morte’.