Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateUma vez por mês, com muita força de vontade, José entrega os jornais da paróquia em diversas casas de Venâncio
Uma vez por mês, com muita força de vontade, José entrega os jornais da paróquia em diversas casas de Venâncio

Sexta-feira, 28, era dia do voluntário e a reportagem da Folha encontrou José Blasios Etges, 54 anos, um homem que vive cada dia da vida com a vontade de ajudar e fazer o bem às pessoas. Não cobra, nem ganha nada pelo que faz, apenas fica contente ao poder fazer os trabalhos voluntários. Ao menos quando deita a cabeça no travesseiro todas as noites, fica com a consciência tranquila, pois sabe que fez sempre o melhor que pôde em cada dia vivido.

A paralisia infantil impediu o moço do jeito simples e do coração bondoso a ter uma infância igual a todos os jovens da sua idade. Com um pouco de dificuldades para correr, não podia jogar futebol como os outros meninos e tampouco praticar algumas atividades físicas. Mas isso não foi obstáculo para ele. Os desafios que ele mesmo colocava na própria vida eram ajudar o próximo a cada dia mais e, com isso, buscar a felicidade.

A mãe Myria relembra com carinho a infância do filho: “Desde pequeno ele sempre gostou muito de sair, estar com as pessoas, ajudar quem pudesse. Queria ajudar tanto, que às vezes eu precisava puxar o freio.”

AJUDANTEOrgulhosa do filho, a mãe não nega que ele é um dos ajudantes da casa. Sempre prestativo, quando é necessário, a ajuda a pendurar roupas e faz o pagamento de algumas contas no banco.

A lista de trabalhos voluntários do Zé, como é conhecido por muitas pessoas, é grande. Mas ele não conta nos dedos tudo o que já fez, apenas leva em consideração o quanto isso ajudou o próximo. Ele auxilia a apitar jogos de vôlei há cerca de 10 anos no interior, entrega uma vez por mês jornais da paróquia, ajuda a cuidar de pessoas no hospital e, quando criança, como não podia praticar esportes, substituía esta atividade por cuidar de crianças menores do que ele.

Mas por que ajudar tanto Zé? Ele pensa um pouco, não demora muito e logo responde:

Me sinto muito bem quando posso fazer alguma coisa pelas pessoas. Sei que é algo bom para elas e que vale a pena fazer.

Confira a matéria completa na edição deste sábado, 29, ou no flip