O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, protocolou um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. O pedido inclui a delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) que não foi anexado ao pedido de abertura de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados.O documento se soma a outros 11 pedidos que estão em análise pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido apresentado pela OAB acusa Dilma de crime de responsabilidade por tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato, inclusive no caso da nomeação do ex-presidente Lula, que é investigado, como ministro da Casa Civil. Também por ela conceder renúncia fiscal à Fifa para a realização da Copa do Mundo de 2014 e por ter autorizado as “pedaladas fiscais”, que são atrasos no pagamento a bancos para maquiar as contas públicas.O documento apresentado pela OAB leva em consideração uma consulta às bancadas estaduais que se posicionaram favoráveis ao processo. Porém, o posicionamento ainda não é unanime e causou reação de inúmeros membros da Ordem e de juristas, que divulgaram um manifesto pedindo à instituição que faça uma ampla e direta consulta a seus filiados sobre a entrega do documento. O manifesto classifica a proposta da OAB de “erro brutal” e diz que “essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido pela Ordem em 1964, jamais poderia haver sido tomada sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros”.O pedido também gerou manifestações favoráveis e contrárias no Salão Verde que gerou tumulto e empurra-empurra dos dois lados.