O ranger da madeira no piso é inevitável, assim como o calor e as goteiras em dias de chuva. Enquanto os prazos do Plano de Necessidade de Obras não passam de expectativas, alunos, professores e servidores da Escola Estadual Monte das Tabocas sofrem com a precariedade na infraestrutura.

Esses são alguns dos problemas pontuais que a reportagem verificou na tarde de ontem, durante visita ao educandário, no centro de Venâncio Aires. A unidade está contemplada no PNO do Governo do Estado, lançado em 2012 e que deveria ter iniciado as obras na prática em maio do ano passado. A Capital do Chimarrão ainda tem na relação de beneficiárias do plano, as escolas São Luiz, Sebastião Jubal Junqueira, Professora Leontina, Wolfram Metzler, Brígida do Nascimento, 11 de Maio, Adelina Isabela Konzen e Mariante. Nenhuma delas, até o momento, com recursos do PNO aplicados.

Foto: Maicon Nieland / Folha do MateMonte das Tabocas sofre especialmente com goteiras e com o sistema de energia elétrica
Monte das Tabocas sofre especialmente com goteiras e com o sistema de energia elétrica

Tudo é prioridade

Segundo o diretor do Monte das Tabocas, Nelson Colombelli que apontou as precariedades na infraestrutura, com o atual atraso nas obras “tudo é prioridade do jeito que está”. Logo na entrada para a escola, na secretaria o piso de madeira é aglomerado de remendos.

Um recurso de R$ 40 mil da Consulta Popular está destinado especificamente para essa recuperação, assim como para fiação elétrica, no entanto, Colombelli relata que o valor não pode ser usado antes da conclusão do PNO. Dessa forma, a própria colocação de ar-condicionados em sala de aula fica inviável em função da baixa capacidade da rede de energia.

Para refrescar estudantes e docentes, apenas ventiladores no teto. No entanto, o piso de madeira em cinco salas de aula do 1° andar e outras cinco no 2° andar deixam o ambiente mais quente. Quem sofre são os 1,4 mil alunos que estudam nos três turnos da escola, que vai do ensino fundamental, ensino médio politécnico e a Educação de Jovens e Adultos (EJA), assim como os 78 professores e 12 funcionários.

Para estado, terceirização é o que atrasa

Conforme o coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Valdomiro Luiz da Rocha, atualmente as escolas estão passando pela etapa de elaboração de projetos, para posterior inicio das obras. Segundo ele, a Secretaria Estadual de Obras Públicas não tem conseguido garantir a realização de reformas de maior capacidade, por isso o trabalho está sendo terceirizado.

Licitações são abertas para a escolha de empresas de engenharia que farão a elaboração de projetos com as demandas de cada escola contemplada com o plano. “A terceirização de serviços para elaboração de projetos, e posterior inicio das obras gera demora, já que é necessário abertura de licitação para a definição da empresa”, informa.