Prestes a concluir o segundo mandato como presidente do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), o médico Oly Pedrinho Schwingel, 62 anos, deve concorrer à reeleição. Devido à falta de candidatos interessados em assumir o cargo, a diretoria da instituição irá propor uma alteração estatutária que possibilitaria uma segunda reeleição do atual presidente.
O assunto deve ser discutido e votado na quinta-feira, 6, em assembleia, com primeira chamada às 18h30min e segunda às 19h. De acordo com Schwingel, a alternativa é estudada como forma de garantir a continuidade do trabalho da diretoria, pelos próximos dois anos.
Embora lamente que, novamente, chegue-se “à véspera de uma eleição sem ter um candidato à presidência”, Schwingel reconhece que o desempenho do cargo exige um envolvimento profundo com a instituição. “Se já é difícil com essa diretoria, que é incrível, imagine para uma pessoa de fora. é um cargo que exige preparação”, enfatiza ele, que dedica, diariamente, tempo para a atividade voluntária.
Com relação próxima ao hospital desde o início da década de 2000, Schwingel teve participação ativa na Associação Pró Construção e Manutenção da UTI, da qual foi vice-presidente. Em 2013, a convite da comissão intervencionista, candidatou-se e foi eleito primeiro presidente da casa de saúde após a intervenção que destituiu a diretoria do hospital em julho de 2011, com o objetivo de garantir a continuidade dos serviços e a recuperação financeira da instituição.
Sucessão
Conforme o médico, ao lado do atual vice-presidente Luciano de Azambuja Spies e do tesoureiro André Fernando Gerlach, ele deve se candidatar à reeleição, com o objetivo de formar, ao longo dos dois anos de gestão, três pessoas capazes de encabeçar a próxima diretoria. Sem citar nomes, Schwingel afirma, apenas, que acredita em uma “seleção espontânea”.
Teremos o compromisso de prepará-los, com participação em cursos e congressos, e conforme a estrutura do nosso hospital, para que, quando assumirem, não percam o sono, assim como eu não perdi.” Oly Pedrinho Schwingel, presidente do HSSM.
Quatro anos de gestão, em meio a sonhos e desafios
Sem poupar elogios à equipe do HSSM, o presidente do hospital lembra que, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas nos últimos anos – tanto por conta de atrasos em repasses do Estado quanto pela defasagem dos valores pagos pelo Sistema único de Saúde (SUS) -, a instituição se mantém estável. “Temos segurança jurídica e política. Não sentimos a troca de governo do Município.”
Ao mesmo tempo em que aponta as dificuldades em quitar a folha de pagamento e, especialmente, conseguir recursos para pagar o 13º salário dos funcionários, Schwingel vislumbra possibilidades de crescimento para o Hospital São Sebastião Mártir. Entre elas, o funcionamento dos outros quatro pavimentos do bloco da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Apenas um pavimento é utilizado pela UTI. Restam em torno de R$ 1,9 mil metros quadrados.”
Entre os sonhos do presidente estão efetivar setores como nefrologia, oncologia, cirurgia traumatológica e um centro da mulher e do recém-nascido, o que possibilitaria a realização de partos mais complexos na instituição. “Esse é o grande momento de o hospital buscar a sua identidade, seu novo ciclo, já que a UTI deu tão certo”, acredita.
Paralelamente, Schwingel cultiva o projeto de ampliação do hospital, com construção de um prédio em um terreno entre as ruas Visconde do Rio Branco e 1º de Março, onde funcionava a secretaria municipal de Habitação e Desenvolvimento Social. “A ideia é conectá-lo com o atual prédio por uma passarela”, adianta. Além da construção de um estacionamento para funcionários, a implantação de um ‘heliponto’ é cogitada para o local.
Diretoria executiva
Presidente – Oly Pedrinho SchwingelVice-presidente – Luciano de Azambuja SpiesSecretário – Clênio José Heck Tesoureiro – André Fernando Gerlach
Relembre
A informação de que Oly Pedrinho Schwingel não poderia concorrer à reeleição para presidente do HSSM, por questões estatutárias, começou a circular no início de fevereiro. O contador André Fernando Gerlach, atual tesoureiro do hospital, era o nome cotado pela diretoria para capitanear a nova chapa. Entretanto, não pôde assumir a função por motivos profissionais.
