A falta de moedas é um dos problemas que atinge lojistas e até mesmo os consumidores. A reportagem verificou que em comércios locais de vários segmentos, o principal item apontado como ‘culpado’ pela falta de troco são os parquímetros, dispositivos eletromecânicos usados para controle de estacionamento rotativo que somente aceitam moedas.
Desde o dia 15 de setembro de 2014, este sistema de estacionamento vigora na Capital Nacional do Chimarrão e as moedas, em sua grande maioria, passaram a ser utilizadas para este fim, deixando de circular como antes nos comércios locais. é o que relata a funcionária de uma fruteira da cidade, Marina Mengue. Conforme ela, a ‘crise do troco’ existe desde quando começou o sistema de estacionamento rotativo. “Muitas vezes, as pessoas pedem para nós trocarmos as cédulas por moedas para que possam utilizá-las para o pagamento do estacionamento”, comenta.No estabelecimento em que trabalha, não há uma moeda específica que falta, mas sim, de todos os valores. “Nós pedimos para os clientes colaborarem, mas toda a semana estamos atrás de troco. Quando falta troco nós verificamos se ninguém da família tem moeda ou pedimos em mercados”, explica. Conforme ela, nunca chegou a faltar dinheiro, mas nem sempre os clientes aceitam bala como troco. “às vezes arredondamos o valor, ou damos o troco em uma moeda maior e isso acaba trazendo desvantagem, porque perdemos um pouco do lucro”, comenta a funcionária. Além disso, acrescenta: “Acho que muitas pessoas deixam as moedas em casa e possuem cofres, o que também pode ter contribuído para reduzir a quantidade de moedas em circulação no mercado.”
Solução encontrada é poupar
O casal de aposentados Noely Maria da Silva,62 anos, e Antonio Rodrigues da Silva, 61, também notam que existem poucas moedas em circulação. Embora sempre as tenham, quando frequentam os mercados apenas fazem o pagamento em cédulas. O objetivo é poupar as moedas que possuem para que, posteriormente, possam ser utilizadas no estacionamento rotativo. “às vezes quando vou no mercado, eles perguntam se eu tenho moedas e eu sempre digo que tenho que poupar para usar nos parquímetros”, comenta Noely. Em casa, o casal já possui uma latinha para depósito de moedas. “é muito difícil conseguir moedas, mas a gente sempre dá um jeito”, conta Antonio.
Confira o depoimento do economista Carlos Giasson neste link