Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateONG participou da caminhada promovida por familiares e amigos de Douglas, na tarde do último sábado
ONG participou da caminhada promovida por familiares e amigos de Douglas, na tarde do último sábado

Após a morte do jovem Douglas Micael Alves dos Santos, 22 anos, morto durante uma briga generalizada no final de uma festa em Mato Leitão, a Organização Não-Governamental (ONG) Alphorria, anuncia apoio à investigação e em nome do Movimento dos Afrodescendentes de Venâncio Aires, afirma que existem fortes indícios de o crime possa ter origem em preconceito racial.Em nota assinada pelo presidente Pedro Landim, a ONG, que também participou da Marcha da Justiça realizada na tarde do último sábado, anuncia que o departamento jurídico da entidade foi convocada para acompanhar com atenção as investigações e todo o processo criminal. Dois policiais militares são suspeitos da autoria do crime, na madrugada do domingo, 12 de abril. “Lamentavelmente existe fortes indícios de que possamos estar diante de um crime com origem em preconceito racial, a exemplo do que já vem ocorrendo em outros estados do país e até mesmo em outras partes do mundo – envolvendo jovens negros e policiais”, diz a nota.

JOVENS NEGROSConforme a entidade, a violência contra jovens negros “tem provocado debates – ainda que silenciosos em nossa entidade, sobre suas causas e possíveis soluções.” A notícia refletiu, segundo Landim, de forma assustadora no município “onde aparentemente não há enfrentamentos étnicos raciais.”Preocupada com o caso, a comunidade negra afirma estar mobilizada para evitar que o crime não fique impune e fatalidades, como essa, não voltem a ocorrer. “Por que hoje, para nós da ONG Alphorria, somos todos Douglas Alves”, encerra a nota.

Não podemos mais testemunhar de maneira passiva os direitos humanos, sistematicamente, serem afrontados pela violência e insegurança, em evidente desrespeito aos direitos de liberdade e igualdade”TRECHO DA NOTA DA ONG ALPHORRIA