Um golpe, denunciado, investigado e que resultou em afastamento de um servidor municipal, anos atrás, voltou à pauta na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Quinta-feira, pai e filho denunciaram que compraram dois túmulos no cemitério Vila Rica, mas descobriram que eles estão ocupados e que também foram vítimas do golpe.
Werno Petry, 71 anos, e seu filho Nerlinho, 49 anos, declararam que foi por intermédio de um parente que conheceram o indivíduo que lhes ofereceu e depois vendeu as duas sepulturas. Por isso, no dia 15 de outubro do ano passado, negociaram com ele e efetivaram a compra. Inclusive, citaram as vítimas, o vendedor lhes mostrou um documento da Prefeitura, em nome da suposta dona dos túmulos, autorizando a venda e reforma dos mesmos.
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O vendedor também teria prometido que conseguiria os documentos, confirmando a venda dos mesmos às vítimas. “Mas isso nunca aconteceu, pois nunca recebemos documento algum”, mencionou o mais novo, no relato que fez na DPPA.
Dias atrás, Werno foi até o Vila Rica para fazer uma limpeza e reforma no túmulo que havia adquirido. No entanto, ao conversar com o atual zelador, soube que o túmulo que comprou, assim como o que seu filho adquiriu, estão ocupados.
Ainda conforme o que pai e filho declararam na DPPA, eles pagaram R$ 1 mil por cada túmulo.
INVESTIGAçõESO delegado Cano já tem conhecimento do caso, assim como de outra denúncia, feita no dia 26 de fevereiro. Nela, o atual zelador, Sérgio da Silva, 56 anos, menciona que o mesmo indivíduo que é acusado de ter vendido as sepulturas ao pai e o filho, havia negociado outra sepultura, dia 16 de fevereiro. O túmulo em questão, salienta o zelador, está ocupado.
Cano revelou que trabalha no caso e apura a vinculação do acusado em outros fatos. Em 2014, uma vítima denunciou que havia restos mortais na sepultura da sua família e o caso também foi encaminhado à polícia. “Tudo será averiguado”, avisa o delegado.
