O senador João Capiberibe (PSB-AP) protocolou na Mesa do Senado, durante sessão deliberativa de terça-feira, 19, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para realização de novas eleições para presidência da República junto com o pleito municipal que ocorre em 2 de outubro. O documento contava com 30 assinaturas e é pautado por outros seis senadores que defendem a medida como uma solução para o país e, devolve ao povo, o direito de opinar e de escolher os chefes da nação.
A proposta não é defendida apenas por senadores que exercem oposição ao governo federal, como é o caso do PSB e PPS, mas também pelo gaúcho, Paulo Paim (PT) que defendeu na tribuna da sessão a realização de novas eleições. O petista faz uma campanha, nas redes sociais, por #DiretasJá. Para Paim, Capiberibe, Walter Pinheiro (Sem partido–BA), Randolfe Rodrigues (Rede–AP), Lídice da Mata (PSB–BA), e Cristovam Buarque (PPS-DF) a condenação da presidente, Dilma Rousseff, através do processo de impeachment, se ocorrer, e a consequente gestão do peemedebista, Michel Temer, não será a garantia da retomada da economia brasileira. Os senadores que encampam a proposta de nova eleição presidencial em outubro esperam adesão da população à ideia, por não reconhecerem no vice-presidente Michel Temer legitimidade para governar o país, caso Dilma tenha o mandato cassado.O grupo de senadores ressaltam que a alternativa não prejudica o andamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff, que já chegou ao Senado, e tramitaria paralelamente. Depois de protocolado na Mesa Diretora do Senado, o texto será analisado para definição das comissões de mérito pelas quais passará. Caso seja aprovado no Senado, em dois turnos de votação no plenário, o texto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, também em dois turnos.
