A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), através das suas Delegacias Penitenciárias Regionais (DPR), segue adotando medidas preventivas para impedir que o novo coronavírus atinja os presos e quem trabalha com eles. A primeira medida foi a proibição das visitas, seguidas de orientações escritas e agora a comida está sendo entregue de forma individualizada nas cadeias da 8ª DPR.
Até a quarta-feira, 8, à tarde, havia somente quatro casos de contaminação nas casas prisionais da região, todos no Presídio Estadual de Lajeado. Eles foram provocados por um homem que foi preso em flagrante e teve contato com outros internos. Três estão em recuperação, em casa, e um, com problemas de asma, segue hospitalizado.
Inicialmente, o projeto que institui o fornecimento da alimentação dos presos por meio de recipientes próprios e individuais foi adotado nos Presídios de Encantado, de Encruzilhada do Sul e de Arroio do Meio, além do que já funciona no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
“Estamos indo de forma gradativa, até porque a Susepe precisa ter material suficiente para nos disponibilizar. Mas na Peva as medidas começam funcionar em agosto.”
SAMANTHA LONGO – Delegada da 8ª DPR
Em um futuro próximo, a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) também adotara estas medidas preventivas. “A Peva, como é a nossa maior casa prisional, será a última a receber este projeto. Antes, implantaremos nos presídios de Lajeado e Cachoeira do Sul”, avisa Samantha. Segundo ela, as marmitas individualizadas começam a ser distribuídas na Peva no mês de agosto. A casa prisional abriga cerca de 600 apenados.
Sem desperdício nas Penitenciárias
Além de evitar um maior contato entre os apenados, agentes e equipe diretiva das casas prisionais dos Vales do Rio Pardo e Taquari (são 11 no total), a comida individualizada evita desperdícios. De acordo com a delegada Samantha Longo, “além da organização e higiene, a individualização das refeições gera uma economia e evita o desperdício dos alimentos, já que são servidas os recipientes de forma individual”.
Diariamente, salienta a delegada, são repassados os recipientes por turno, conforme o número de apenados. “Essas refeições são servidas pelos trabalhadores da cozinha e todos estão devidamente equipados com os EPIs necessários”, explica. Além disso, continua, “há orientações de boas práticas no manuseio dos gêneros alimentícios, evitando o contato coletivo com os alimentos”.
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