Uma postagem feita nas redes sociais, denunciando maus-tratos a um animal – e que foi compartilhada e comentada por 130 pessoas – virou caso de polícia. Nesta semana, o tenente da reserva, Luiz Eduardo Silva Dutra, fez uma ocorrência citando as acusações e ameaças feitas por uma mulher que reside próximo à sua casa. Nos relatos, ela cita que a “cachorra pertencente à família de Dutra vive em um local minúsculo, em meio às suas fezes e seguidamente está sem comida e sem água”.
A mulher também menciona que fez denúncias à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), que segundo ela foi negligente ao afirmar que o animal está bem tratado. Ao todo, os fiscais da Semma estiveram três vezes na casa de Dutra e sempre comprovaram, por meio de relatórios de vistoria, que a cadela está bem cuidada e tem um local em condições para viver.
Ameaças
Preocupado com as ameaças sofridas, Dutra e sua esposa decidiram tornar o caso público e vão buscar reparação jurídica. “Pegamos ela (a cadela Sky, que está com cinco meses) quando tinha um mês, no dia 7 de junho, e no dia 26 daquele mês recebemos uma visita do Meio Ambiente, pois havia denúncia de maus-tratos. Depois teve outra visita e sempre se comprovou que o animal está bem cuidado”, explicou Dutra.
Na terça-feira, 6, a pedido da família de Dutra – e após fazer um registro na Delegacia de Polícia -, uma fiscal da Semma voltou à sua casa e, novamente, constatou que a cadela Sky está bem cuidada. “Como recebemos ameaças de invadirem e até apedrejarem a casa onde moramos, me preocupo com nossos filhos e, por isso, entendemos ser necessário esclarecer a situação e procurar nossos direitos”, mencionou a esposa de Dutra, Camila Brinkmann.
Sobre o fato de o animal estar em uma área fechada, apesar do pátio ser gradeado, Dutra explica que teve que fazer isso, por segurança. “O dono do imóvel onde moramos reside no mesmo terreno, em outra casa, e como ele tem uma perna mecânica, decidimos manter ela presa por enquanto, já que é filhotona e pode derrubar ele (dono do imóvel) ou até fugir, quando alguém abrir o portão”, argumentou.
De acordo com Camila, seu marido ingressará judicialmente contra a denunciante, mas a intenção não é ganhar dinheiro dela. “Se a Justiça nos der ganho de causa, a indenização será totalmente revertida em ração, para as ONGs de proteção aos animais. Só queremos esclarecer a situação e mostrarmos que cuidamos bem da nossa cachorra”, observou Camila.
Saiba mais
Na tarde da terça-feira, 6, a fiscal ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Clarissa Sthal Gomes, encaminhou novo relatório de vistoria à família de Luiz Eduardo Silva Dutra, detalhando as três visitas feitas, sendo uma em junho, a outra em agosto e a da terça-feira, 6. A fiscal relata que as duas primeiras foram atendendo denúncias de maus-tratos e a terceira, solicitada pela família de Dutra.
Conforme Clarissa, as denúncias foram verificadas ‘in loco’, não se confirmando a veracidade dos relatos feitos pelo denunciante, principalmente de que a cadela era maltratada.
Sobre a denúncia de que o animal apanhava e tinha medo de seus tutores, a fiscal referiu que, nas visitas, o animal se aproximou diversas vezes de seus tutores, não aparentando receio ou medo deles. Por isso, as denúncias foram arquivadas.