(Foto: Renan Zarth/Terra FM)
(Foto: Renan Zarth/Terra FM)

Neste sábado, dia 4 de outubro, estamos a um ano, exatamente, da eleição de 2026, quando vamos escolher deputados estaduais, deputados federais, senadores e presidente. Apesar do tempo ainda restante, quando se trata de política, muita coisa se define com antecedência e, dessa vez, não é diferente.

Quem tem pretensão de colocar o nome à disposição da comunidade ou mesmo ainda avalia uma candidatura passa para uma espécie de contagem regressiva até o pleito. Para atualizar o cenário eleitoral em Venâncio Aires, a redação integrada da Folha do Mate foi à procura de quem pode concorrer.

Cenário

Entre os nomes especulados, sondados ou sugeridos, há apenas um político que afirma, com certeza, que estará à disposição em 2026: é o deputado estadual Airton Artus (PDT), que vai tentar uma cadeira no Palácio Farroupilha como titular. Primeiro suplente da sigla nas duas últimas eleições, na mais recente ele acabou tendo a oportunidade de assumir em virtude do convite do governador Eduardo Leite (PSD) para que Gilmar Sossella (PDT) comandasse a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional. Agora, Artus quer dar sequência ao trabalho na Assembleia.

Ainda em relação à eleição para deputado estadual, outros três nomes da Capital Nacional do Chimarrão são cogitados: Vinícius Lourenço de Assunção (União Brasil), Ezequiel Stahl (PL) e Sandra Wagner (PSB). O delegado de Polícia já foi dado como certo para o pleito, no entanto, dessa vez, disse que vai esperar as movimentações partidárias para confirmar se vai ou não concorrer. Ele salienta, principalmente, uma possível federação com o PP, que pode mudar o contexto atual.

O vereador de terceiro mandato foi aclamado pelos colegas de PL em recente encontro da legenda e divulgou uma possível pré-candidatura com satisfação. Porém, declarou que não há uma definição a respeito, sinalizou que não pretende entrar em rota de colisão com Kelly Moraes (deputada estadual do PL, de Santa Cruz do Sul) e deixou em aberto a sua situação. E, para quem não acreditava, quem parece mais perto de confirmar a disponibilidade para a disputa é a ex-vereadora Sandra Wagner (PSB), que atualmente ocupa cargo na Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Após desempenhos aquém do esperado nas urnas do ex-prefeito Giovane Wickert (PSB), principal expoente da legenda em Venâncio Aires, Sandra surge como alternativa. Ao que tudo indica, só depende de uma decisão dela.

Federal

Para a Câmara dos Deputados, em Brasília, dois nomes são especulados, ambos de mulheres da política local. Uma é a vereadora de primeiro mandato Alessandra Ludwig (PDT), que colocaria a campanha na rua defendendo a causa animal, uma característica marcante sua. O PDT estadual acredita que uma candidatura com esse viés poderia surpreender e contribuir para que o partido faça mais que as duas cadeiras que tem hoje, com Pompeo de Mattos e Afonso Motta. A outra é a vice-prefeita Izaura Landim (MDB), que mais uma vez vem sendo cotada e parece ter interesse em aceitar o desafio.

* Com colaboração de Letícia Wacholz

O que dizem os possíveis candidatos a deputado estadual

• Airton Artus (PDT): Vereador, secretário, vice-prefeito, prefeito por dois mandatos e duas primeiras suplências como deputado estadual, sendo que, na última oportunidade, assumiu cadeira na Assembleia Legislativa, onde permanece. É assim, ressaltando o seu currículo e a vasta experiência na política, que Artus dá como certa a busca, em 2026, por novo mandato como deputado estadual. “Aprendi muitos caminhos para relações político-administrativas, seja com presidente, governador, secretários estaduais e prefeitos. Estas relações, somadas ao conhecimento técnico, me permitem ter diálogos que consolidam avanços”, analisa.

• Vinícius Lourenço de Assunção (União Brasil): Pré-candidato a deputado estadual, o delegado de Polícia diz que mantém a intenção de concorrer, mas ressalta a federação formada pelo seu partido e pelo PP. De acordo com ele, a partir disso, será preciso aguardar as articulações das duas legendas. “Está se formando um grande núcleo de progressistas, provavelmente a maior federação do Brasil. Penso que é prematuro ‘cravar’ o meu nome como candidato, mas sigo à disposição. Caso não seja uma opção para os eleitores, certamente estarei divulgando os nomes de pessoas que são da minha confiança”, comenta.

• Ezequiel Stahl (PL): O partido quer que Venâncio Aires tenha candidatos, principalmente para a Assembleia Legislativa. Em razão disso, Stahl é o nome da vez, tanto pela condição de vereador em terceiro mandato, quando pelo fato de estar, atualmente, na presidência da sigla na Capital do Chimarrão. “Ainda não existe uma definição. Vamos trabalhar isso, ver como a população se manifesta, sentir a repercussão. O PL vai ter muitos candidatos e, aqui na região, temos a Kelly Moraes, de Santa Cruz do Sul. Não quero fazer o que se fez no passado, de arrumar briga com quem nos ajuda por mera vontade de concorrer”, afirma.

Sandra Wagner (PSB): Contatada por lideranças estaduais da sigla para concorrer à uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026, Sandra se considera pré-candidata. “Sigo firme no propósito, pois o PSB entende que devo concorrer tanto para ajudar o partido quanto pelo meu trabalho e desenvolvimento de projetos. Meu nome está entre os potenciais”, diz. Ela ressalta, no entanto, que o cenário pode mudar no ano que vem, “quando abre a janela para transferências partidárias e a gente não sabe o que vai acontecer, se vai se formar uma federação ou não”. Segundo Sandra, a decisão final vai depender de tudo que ocorrer até lá.

Possíveis candidatos a deputado federal

• Alessandra Ludwig (PDT): Especulada para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, em Brasília, especialmente defendendo a pauta da causa animal, a vereadora afirma que continua à disposição do partido, mas não arrisca a confirmação da candidatura. “Estamos conversando. Meu nome está nesse contexto, mas ainda não batemos o martelo. Não temos nada definido”, afirma ela. Alessandra acredita que, para consolidar uma condição de candidata, ainda mais a deputada federal, é preciso contar com o apoio do partido em todos os níveis. “De qualquer forma, sigo à disposição”, argumenta a vereadora.

• Izaura Landim (MDB): Vem sendo sondada por lideranças para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília. “Existe uma grande vontade por parte da Regional do Vale do Rio Pardo e do MDB estadual. O partido entende que, devido à nossa força na região, precisamos trabalhar um nome para a Câmara Federal”, comenta. Ela lembra que dois dos três deputados federais do MDB e o primeiro suplente não irão mais concorrer. “Além disso, tivemos, nos últimos anos, candidatos do MDB assumindo uma cadeira com 25 mil votos, o que torna a caminhada perfeitamente viável”, conclui.