“Alôôô, não estou te ouvindo, está cortando a ligação. Acho que caiu.” Quem nunca passou por essa situação ao tentar realizar alguma ligação de celular em

Foto: Vanessa Behling / Folha do MateExpectativa da Administração é de que os vereadores aprovem o projeto na sessão de segunda-feira, 2
Expectativa da Administração é de que os vereadores aprovem o projeto na sessão de segunda-feira, 2

Venâncio, ou então tentou carregar fotos e vídeos nas redes sociais, mas não conseguiu devido à baixa velocidade da internet? Pois é, as situações são das mais diversas e são resultados do sistema 2G, que opera no município e já está no seu limite.

Por enquanto a transição do sistema 2G, que equivale a cerca de 1km/h, para o 4G, que equivale a cerca de 100 km/h, ainda pode demorar um pouco. Isso porque a instalação de infraestrutura de suporte para equipamentos de telecomunicações esbarra na atual lei municipal. Com isso, as empresas interessadas em colocar antenas na cidade e a Prefeitura não encontram terrenos adequados às exigências da lei.

A fim de impor novas regras para a instalação, como por exemplo, diminuir de 20 para cinco metros a distância do eixo da antena com imóveis, o Executivo encaminhou para a Câmara de Vereadores um novo projeto, que deve ser votado na segunda-feira, 2, e que revoga a lei anterior. “Com a aprovação do projeto, empresas terão mais facilidade de instalar antenas que permitirão que passaremos de uma velocidade 2G, que equivale a 1km/h para a velocidade 3G, equivalente a 10km/h, e no futuro para a 4G, que equivale a 100km/h”, explica o secretário municipal da Administração, Leandro Pitsch. Ele ainda afirma que o investimento para instalação de uma torre pode chegar a R$ 5 milhões. “Atualmente há quatro projetos que estão em análise na Prefeitura e que não tem seguimento, pois esbarram na legislação que está engessada.”

Assim como o projeto foi construído a partir de informações com técnicos, empresas, outros municípios que já contam com uma tecnologia mais avançada e a Anatel, a instalação também é feita a partir de estudos. “Atualmente é exigido uma área muito grande para que seja instalada uma torre e hoje não achamos na cidade terrenos de 40 a 50 metros de frente para essa instalação, que também precisa ser em determinadas regiões. A instalação é feita a partir de todo um estudo. E está comprovado de que elas são seguras, principalmente as autossuportadas, não apresentam riscos às pessoas, como radioatividade, perigo de ter ao lado de sua casa”, salienta Pitsch.

O prefeito Airton Artus salienta que o objetivo é buscar uma nova era na telefonia. “Estamos vivendo num momento em que o serviço está privatizado, mas não anda como se espera das concessões. Aqui em Venâncio, a partir de uma lei mais conservadora e antiga estamos tendo problemas sérios. Em pouco tempo podemos ter um colapso nas comunicações de Venâncio Aires. A legislação em relação as antenas é antiquada, ela já inibiu o investimento de empresas e estamos atrasados nesse aspecto em relação a outras cidades.” Artus ainda enfatiza que a estrutura que se tem hoje cresceu menos do que a quantidade de aparelhos que aumentou.

“Hoje está à venda no mercado o telefone 3G e 4G, mas isso pode soar como propaganda enganosa em Venâncio, pois aqui se é refém do 2G, ou seja, a demanda é muito maior do que a capacidade”

Leandro PitschSecretário Municipal de Administração