O aumento no preço do quilo do frango tem preocupado os consumidores. Levantamentos feitos por institutos apontam que em janeiro deste ano, o frango estava 36% mais caro do que no mesmo período do ano passado.O preço maior, segundo os levantamentos, é reflexo de outros aumentos registrados ao longo dos últimos meses, como da gasolina, da energia elétrica e da ração, que tem como o milho e o farelo de soja os principais ingredientes de sua composição. Entre os fatores que elevam o preço da ração está o preço da soja, cuja cotação é em dólar e o valor da saca de 60 quilos está em R$ 74. E, uma das consequências do alto preço da soja é a elevação do preço do milho, onde o saco de 60 quilos está cotado em R$ 42. Dados da Emater/RS-Ascar mostram que há um ano, o saco da soja de 60 quilos estava cotado em R$ 61 e o do milho em R$ 26.“A alta do preço da carne de frango é apenas sentida pelo consumidor, porque para os criadores, nada mudou”, afirma o avicultor Celso Jantsch, morador de Estância Nova. Ele confirma que no mesmo período, o preço do frango vivo variou entre R$ 0,35 e R$ 0,60 o quilo. O que aumentou foi o preço da ração, que passou de R$ 1 para R$ 1,20 o quilo e a mão de obra na hora do carregamento dos frangos destinados para o abate no frigorífico.“Há um ano, nós emitíamos notas fiscais com valores mais altos do que hoje. Com isso, não houve aumento, ele apenas recuperou o que tinha baixado”, afirma o diretor administrativo do Frigorífico Bom Frango de Picada Nova Milton dos Santos. O empresário salienta que agora, o preço do frango está começando a recuperar o que ele baixou, que o aumento ainda virá.