As entidades representativas dos produtores de tabaco se reúnem hoje para continuar a negociação do preço do tabaco desta safra. Os encontros acontecem na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul, a partir das 9h.

Segundo o presidente da Afubra Benício Albano Werner, as negociações serão, novamente, em reuniões individuais e darão continuidade aos trabalhos iniciados em novembro, na sede da Fetaesc, em São José, Santa Catarina, onde não houve acordo entre as partes. Naquela oportunidade, as entidades negociaram com as empresas JTI, Philip Morris e Souza Cruz e as entidades representativas dos fumicultores solicitaram um reajuste de 17,7% sobre a tabela de preços praticada na última safra, sendo o custo de produção de 12,8%.

Foto: Edemar Etges / Folha do Mate.

No encontro foram definidos alguns itens que fazem parte do custo de produção, como por exemplo, a energia elétrica, que teve 72% de aumento. Porém, acentua Werner, ela não impacta tanto, porque a mão de obra está calculada dentro de um custo com valor de R$ 10.286 mil. O segundo item de maior valor são os suprimentos agrícolas que somam R$ 3.310 mil. O terceiro item de maior valor vem a ser a lenha e está calculada dentro do custo de R$ 1.046 mil. A soma total do custo de produção entre os custos variáveis e os fixos, se elevou a R$ 19.285 contra R$ 17.187 da safra passada. “O que também consideramos este ano é uma produtividade média menor de 2.277 quilos por hectare, o que vai resultar num custo de produção por quilo de R$ 8,47. Isto tudo soma um percentual de 12,8%. Colocamos mais 4,9% principalmente somado a uma perda que a gente teve nos últimos anos, considerando o preço médio recebido em relação ao preço tradicional que é da classe TO2. O índice de 4,9% foi acrescido aos 12,8% e por isso a nossa pedida é de 17,7%”, explica Werner.