Prefeitura espera autorização para aportar R$ 600 mil e concluir Emei Xangrilá

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“Nosso objetivo sempre foi colocar a Emei Xangrilá em funcionamento em 2022 e não vamos fugir deste foco”. A afirmação é do prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, que reafirmou a intenção da Administração de antecipar R$ 600 mil de recursos próprios para viabilizar a conclusão da Emei e contar com posterior reembolso. A Prefeitura já havia feito um cadastro on-line, na sexta-feira, 5, junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é vinculado ao Ministério da Educação (MEC), mas Jarbas aproveitou a viagem a Brasília, durante a semana, para protocolar o pedido de forma presencial. “Pelo que nos foi antecipado, seis municípios que estão em situação semelhante à nossa devem receber a autorização para aportar os recursos e encaminhar a conclusão das obras”, declarou.

O prefeito destacou que a obra da Emei é muito esperada pela comunidade da Capital Nacional do Chimarrão e, quando a instituição estiver em funcionamento, atenderá até 188 crianças, o que terá reflexo direto na redução do déficit de vagas na Educação Infantil. “São seis anos de espera para a conclusão da Emei Xangrilá e, desde janeiro de 2021, quando assumimos a Prefeitura, passamos a tratar a questão com prioridade total”, comentou, acrescentando que, quando a autorização chegar e os trabalhos forem retomados, a previsão é de que a estrutura física da escola esteja pronta em até 45 dias. “Já temos 85% da obra encaminhada. Com o aporte de R$ 600 mil será possível finalizar a parte física e, depois, passaremos ao mobiliário e recursos humanos, nesta ordem. Vamos manter a programação”, completou.

“Estamos chegando nos finalmentes. Temos o recurso disponível na Secretaria de Educação e não há problema em liberar a qualquer momento. No entanto, precisamos da autorização do FNDE e do Ministério da Educação para podermos concluir a obra física.”
JARBAS DA ROSA – Prefeito de Venâncio Aires

Problema orçamentário

O secretário de Educação, Émerson Eloi Henrique, conhece bem a ‘história’ da Emei Xangrilá. Isso porque os trâmites para a construção iniciaram em 2016, na segunda gestão de Airton Artus (PDT), quando Henrique também respondia pela pasta. “Quando assumimos, no começo deste ano, fomos atrás para saber o que estava acontecendo. Era uma obra da minha outra gestão e lembro que deixei com recursos na época. Neste período, houve troca de empresas e descobrimos, após vários contatos com o FNDE, que o último desembolso autorizado tinha sido em abril de 2020, mas que os recursos nunca chegaram, de fato”, disse.

Em recente viagem à capital federal, quando esteve acompanhado da vice-prefeita, Izaura Landim; da secretária de Habitação e Desenvolvimento Social, Claidir Kerkhoff Trindade; e da responsável pela Central de Projetos da Prefeitura, Deizimara Souza, Henrique confirmou o que já suspeitava: o atraso nos repasses e, por consequência, na obra, estava ocorrendo por problemas orçamentários. “A Prefeitura está com sua parte cumprida em relação à Emei Xangrilá, mas como o dinheiro não veio, estamos trabalhando esta possibilidade de antecipar recursos para concluir a escola”, reforçou. Ele lembra que, quando estiver em funcionamento, a Xangrilá será a maior Emei da Capital Nacional do Chimarrão. “Com outros planos que temos, e que não podemos antecipar ainda, acreditamos que seja possível chegar a um equilíbrio entre oferta e demanda de vagas na Educação Infantil do nosso município”, concluiu.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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