Foto: Edemar Etges / Folha do Mate Milton e íria Petersen ainda estão com toda a produção de tabaco estocada no paiol
Milton e íria Petersen ainda estão com toda a produção de tabaco estocada no paiol

O excesso de chuvas na primavera e verão, que influenciou no desenvolvimento na lavoura, as incidências de granizo em outubro e novembro, além das cheias, provocaram, conforme levantamentos da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra ) uma quebra de 35% de tabaco na Safra 2015/16 no Vale do Rio Pardo. Esta redução faz com que as indústrias e até mesmo os atravessadores, ofereçam ainda no paiol, um valor acima da tabela pelo produto aos fumicultores.“De vez em quando, é bom que haja uma quebra na safra, pois desta maneira, as fumageiras vêm ao nosso encontro e pagam um preço pelo melhor pelo produto, diferente de como sempre ocorreu até hoje, quando tínhamos que correr atrás das empresas”, observa o casal Milton e íria Petersen, morador de Centro Linha Brasil. O casal revela que a empresa a qual é integrado, ofereceu R$ 164,80 pela arroba e que vai comprar toda a produção pela classe BO1, a de valor mais alto e que atravessadores ofereceram até R$ 170 pela arroba. Porém, o casal vai honrar o compromisso com a integradora. Como a indústria confirmou que comprará toda a produção pela classe BO1, o casal também não precisa classificar e nem manocar o tabaco, precisando apenas enfardá-lo solto.Nesta safra, o casal plantou 20 mil pés, porém, sofreu duas incidências de granizo e com isso, acredita que colherá somente 100 arrobas. Até o momento, ainda está segurando o produto no paiol e nesta semana iniciou aos poucos a enfardá-lo, devendo intensificar este serviço a partir da próxima semana. Petersen conta que um produtor da localidade, mesmo com a quebra de 50% na produção, com a maior valorização do produto, obteve o mesmo rendimento da safra passada.