Assim que encerram a colheita do tabaco da Safra 2016/17, os produtores se voltam para o plantio do restante das culturas de verão, como o milho, o feijão e a soja. Na sucessão à cultura do tabaco, estas culturas são alternativas importantes.

Dados fornecidos pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar mostram que na safrinha, são mais de 7,3 mil hectares de milho, o feijão soma mais de 50 hectares e a soja em torno de 300 a 350 hectares que são plantados sobre a resteva do tabaco. Ao falar da importância do plantio destas variedades, o chefe do escritório municipal Vicente Fin, destaca que servem para os produtores efetuarem a rotação de culturas. No caso do milho e do feijão, Fin acentua que as culturas são a garantia da segurança alimentar das famílias rurais, já que grande parte do milho é destinada para grãos, buscando a formação da proteína animal. Além disso, uma parte é destinada para silagem, que é utilizada basicamente no período em que não há a disponibilidade de pastagem. O feijão também tem a sua importância quando se fala em segurança alimentar para que a família tenha a proteína vegetal para consumo.
Produtor
Morador de Linha Tangerinas, o produtor Juliano Baierle, está plantando em torno de cinco hectares de milho na resteva do tabaco e colherá em grão e usará para silagem, que servirão para o trato dos animais da propriedade. “O produtor precisa plantar milho, tanto faz se é na safra ou na safrinha, pois assim, ele garante trato para os animais o ano todo”, defende. Como tem pouca área de terras, Baierle planta milho somente na resteva do tabaco e conta com silo-secador de grãos com capacidade para 200 sacos. “Isto garante um grão de qualidade que trato aos animais e ainda, evita que ocorram perdas durante o ano.”