Foto: Guilherme Siebeneichler / Folha do MatePosicionamento do Governo Brasileiro é de ampliar a participação dos produtores rurais nos debates sobre diversificação
Posicionamento do Governo Brasileiro é de ampliar a participação dos produtores rurais nos debates sobre diversificação

A delegação brasileira na Sexta Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco afirmou defender maior presença dos produtores de tabaco nos debates de políticas públicas que buscam promover a diversificação da lavoura de fumo. O indicativo foi comemorado pelos representantes de sindicatos e associações dos fumicultores.

Uma das queixas do setor era de que os programas governamentais para garantir diversificação das lavouras não contava com a participação maior dos produtores, os principais envolvidos. A iniciativa é de que o trabalhadores rurais possam opinar sobre a eficácia das metodologias aplicadas nas pequenas propriedades.

Com a abertura para ampliar a participação dos produtores antes, nos encontros da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ) e durante as conferências mundiais, o setor comemora. A medida já deve começar a vale nos próximos meses, como forma de incentivo ao melhoramento dos estudos já realizados no Brasil para a consolidação de um modelo da diversificação de culturas agrícolas, em propriedades em que o tabaco é o maior gerador de renda.

O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, avalia que será fundamental ouvir mais os envolvidos nas plantações para aprimorar o diálogo entre o governo federal, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e representantes dos trabalhadores rurais.

Esta era uma reivindicação antiga e que agora ganha um novo capítulo. Pelo posicionamento da delegação brasileira teremos mudanças significativas permitindo ao fumicultor opinar sobre a eficiência dos planos de diversificação da lavoura de fumo

Segundo Werner, o indicativo brasileiro também tem papel importante para ampliar a relação entre os setores. “Seguidamente ficamos de fora de qualquer discussão sobre os planos de diversificação, nos últimos anos conseguimos garantir alguma participação e queremos ampliar mais. Esta defesa da delegação brasileira em garantir que os produtores sejam ouvidos nos debates é um ponto positivo e muito comemorada pelos representantes da cadeia produtiva do tabaco.”

O presidente da Comissão do Fumo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Mauro Flores, também afirma que a avaliação dos programas nacionais para a promoção dos programas de diversificação por parte dos produtores, garante transparência ao processo. “Por vezes o menos ouvido era o pequeno produtor. Vamos ver se a partir de agora a opinião do fumicultor vai contar mais, afinal é o futuro de diversas famílias que estão em jogo.”