Na manhã desta quinta-feira, 18, a comissão organizadora visitou os quatro casais candidatos a Fumicultor Modelo. Na oportunidade, entre os assuntos tratados, está a questão das dificuldades de permanecer produzindo tabaco e as barreiras para mudar de atividade.
“Está ficando difícil permanecer produzindo tabaco e entre os principais fatores, está a falta de valorização do produto”, destaca Carlos Alexandre Hoffmann, que junto com a esposa Kelem Coutinho dos Santos, concorre pela Associação de Damas e Cavalheiros Bem Feita de Linha Bem Feita. Hoffmann enumera ainda outras dificuldades como as leis antitabagistas, a baixa remuneração do produto, as exigências do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para a contratação da mão de obra dos diaristas. “Estes e outros fatores fazem com que os jovens não continuem na atividade e busquem melhor sorte na cidade.”
Na opinião do casal José Henrique Haas e Dulce Hermes, representante da Associação de Damas e Cavalheiros Três Santos Mártires de Linha Hansel, o tabaco ainda é uma das poucas opções para os agricultores familiares. “Não tem como parar pois não tem organização para iniciar em outra atividade”, frisa Haas. Para ele, o tabaco, mesmo não sendo tão valorizado como deveria, tem venda garantida. Há, ainda, a questão da propriedade não ser muito grande para investir na produção de grãos, como milho e soja, por exemplo.
Diferente da opinião dos demais, o casal Edomir Luís e Fabiane Cristine Tornquist Staub, da Associação de Damas e Cavalheiros Riograndense de Linha Tangerinas, afirma que ainda vale à pena investir no tabaco. O casal toma por base a sua colocação as boas vendas do tabaco nas duas últimas safras. “Porém, para isso é preciso trabalhar e se dedicar à cultura, o que não é diferente em qualquer outra atividade”, salienta.