Depois da aprovação da lei de criação das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e a Violência Escolar (Cipaves), na rede municipal de ensino, no mês passado, Venâncio Aires contará com curso sobre justiça restaurativa para professores, em agosto e setembro.

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateAndré Henckes e Graziela Pacheco integram comissão responsável pelo projeto, na Secretaria de Educação
André Henckes e Graziela Pacheco integram comissão responsável pelo projeto, na Secretaria de Educação

Ao todo, 50 docentes da rede municipal e estadual poderão participar da formação para ‘Facilitadores em círculos de construção de paz e círculos de resolução de conflitos’. O curso, que será ministrado pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), com apoio da Secretaria Municipal de Educação e da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), será custeado com recursos da Comarca de Venâncio Aires.

De acordo com o assessor da Secretaria Municipal de Educação, André Henckes, foram R$ 14,5 mil captados para o projeto. “Serão duas turmas com 25 professores cada. Como os recursos são oriundos do Poder Judiciário, e a Comarca abrange Mato Leitão e Boqueirão do Leão, também vamos abrir para professores desses municípios”, explica.

Além de orientadores educacionais, representantes de equipes diretivas e professores integrantes de Cipaves integram o público-alvo do curso, que abordará a metodologia de trabalho dos círculos da paz, como forma de prevenir e mediar conflitos e melhorar o convívio no ambiente escolar.

A ideia de secretaria de Educação é realizar a capacitação em agosto e setembro, em datas ainda a serem definidas. “A formação dos círculos de paz é um curso vivencial, voltado à formação humana e profissional, para capacitar pessoas como multiplicadoras desse trabalho nas escolas”, comenta Henckes, ao observar que o trabalho preventivo, além de reduzir conflitos no ambiente escolar, pode ajudar a diminuir o número de processos que chegam à Justiça.

“Agradecemos muito ao juiz João Francisco Goulart Borges e à comissão que avaliou o projeto, assim como a juíza de Santa Cruz do Sul, Josiane Caleffi Estivalet, que auxiliou no desenvolvimento da proposta”, ressalta. “Se não tivéssemos conseguido esse valor, não teríamos como promover o curso. Temos certeza que será um investimento de qualidade”, enfatiza Henckes, que coordena o projeto ao lado das professoras Graziela Pacheco, Greici Mattos e Silvana Gerhard, da Secretaria de Educação. Na 6ª CRE, o trabalho é liderado pelas professoras Marlei Tuchtenhagen e Glaci Maria Harz.

Juliana Bencke

Editora de Cadernos

Responsável por coordenar as publicações especiais, considera o jornalismo uma ferramenta de desenvolvimento da comunidade.

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