Na manhã desta quarta-feira, 3, motoristas da região voltam para a RSC-287, em busca de melhores condições para o tráfego de veículos na rodovia. Com o intuito de provocar a abertura das cancelas da praça de pedágio em Vila Arlindo – até que a via receba melhorias –, a partir das 9h, os manifestantes prometem trancar o trânsito de 20 em 20 minutos.
Um dos organizadores do movimento, o empresário do setor de transportes, Jorge Buuron, de Santa Cruz do Sul, salienta que um grande número de pessoas deverá aderir ao protesto, principalmente do setor dos transportes. “Não são só os empresários que estão insatisfeitos, mas todos os que transitam pela rodovia estão
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insatisfeitos em pagar pedágio, mais uma tarifa, mais um imposto e mais uma vez não estar tendo retorno, não se tem o mínimo de segurança.”
O Comando Rodoviário da Brigada Militar foi avisada e deverá estar no local para fazer a segurança e controle do trânsito. “A EGR tem uma decisão judicial na qual consta que com filas de 400 metros ou 15 minutos de espera por parte dos motoristas no pedágio, são obrigados a erguer as cancelas, então a cada 20 minutos vamos bloquear a rodovia e esperar que se forme a fila e fazer com que levantem as cancelas”, explica Burron.
Segundo o empresário, a gota d’água para a realização da manifestação foi um acidente que ocorreu na sexta-feira, 29, na RSC-287 e que resultou num engavetamento de seis carros. “Não houve morte graças a mão de Deus, então chega, vamos mostrar a nossa indignação. A estatal na gestão da rodovia não está dando certo, a gente sabia que não daria certo, mas foi insistido, é uma herança do governo Tarso, mas ainda está em tempo de mudar as coisas. Ou vão esperar que alguém ou várias pessoas morram para se dar conta disso? Com certeza o dinheiro que está sendo arrecado está sendo usado para cobrir outros buracos, nós cidadãos não podemos aguentar tudo isso de boca fechada, sem fazer nada”
Ainda de acordo com Buuron, o secretário estadual de Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, foi procurado e já está ciente da manifestação. Para segunda-feira, 8, está prevista a vinda do secretário e demais autoridades estaduais para darem uma posição sobre investimentos que devem ser feitos e de que forma vão fazer a gestão da rodovia. “Eles nos solicitaram que ao invés de fazermos o protesto abríssemos um canal de diálogo, concordamos com o canal de diálogo, mas não abrimos mão do protesto, que será de forma pacífica e ordeira, dentro da democracia que o país nos dá”, ressalta o empresário. “Tenho rota diária para vários municípios e cada dia tem-se novos problemas, são mais e mais buracos, e essas operações tapa-buracos é rasgar de dinheiro do povo, não ajuda em nada, na primeira meia dúzia de carros que passar ou primeira chuva abre os buracos de novo.
