Movimentos de oposição ao governo petista saem às ruas neste domingo, 16, em protestos programados para todo o país e também no exterior. A mobilização toma força nas redes sociais, onde são criados os eventos. Conforme o evento criado em Venâncio Aires, o ato será a partir das 16h, em frente à praça Evangélica.
Além da Capital do Chimarrão, estão previstas manifestações em outras cidades do Rio Grande do Sul, como: Lajeado, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Caxias do Sul, Espumoso, Imbé, Novo Hamburgo, Pelotas, Santa Maria, Santo ângelo e Vacaria.
O Movimento Brasil Livre espera manifestações em, pelo menos, 144 localidades; já o Vem Pra Rua lista 257 cidades em seu site, sendo 19 fora do Brasil. Com a popularidade da presidente Dilma Rousseff em baixa e as crises econômica, política e ética cada vez mais acirradas, motes são criados para serem exaltados nos protestos, como o “fora Dilma” e “não vamos pagar a conta do PT”.
Ao contrário dos protestos anteriores, quando o principal partido de oposição tentou manter uma certa neutralidade, no domingo, o PSDB e seus principais aliados, como o DEM, PPS e Solidariedade, convocaram as pessoas para irem às ruas. O candidato derrotado do PSDB em 2014, Aécio Neves, sinalizou nesta sexta-feira, 14, que vai participar das manifestações, provavelmente em Belo Horizonte ou Brasília.
Domingo NegroO dia 16 de agosto não foi escolhido ao acaso para marcar os protestos contra o governo Dilma Rousseff. Nesta data, há 23 anos, em 1992, o então presidente Fernando Collor de Mello foi alvo de uma das maiores manifestações contra um governo no período pós-redemocratização, protagonizada pelos caras-pintadas.
Três dias antes de 16 de agosto, que ficou conhecido como o ‘domingo negro’, em meio às turbulências e as denúncias que pesavam contra sua gestão, além do consequente enfraquecimento e isolamento político, Collor fez um pronunciamento à nação, pedindo que usassem o verde-amarelo da bandeira brasileira, em seu apoio. Mas o que ocorreu foi o contrário. Os brasileiros saíram às ruas de todo o país vestidos de preto, com os rostos pintados de verde-amarelo, pedindo a saída de Collor.