Embora o clima das últimas semanas não seja tão favorável à cultura, os fumicultores que efetuaram o plantio entre meados dos meses de junho e de julho, na semana passada, iniciaram a colheita do tabaco e estão satisfeitos com a qualidade da primeira apanha (baixeiro). Isto faz com que eles vivam a expectativa de colher uma safra cheia e recuperar as perdas ocorridas na Safra 2015/16 ocasionadas pelas condições desfavoráveis do clima.
Entre os fumicultores que iniciaram a colheita está André Rippel, morador de Linha Hansel. Mesmo que a primeira apanha colhidas na semana passada ainda não esteja bem curada, ele está satisfeito com a qualidade apresentada. “A tendência é que o baixeiro que vamos colher esta semana seja de qualidade ainda melhor, pois o tabaco está mais maduro”, observa. A quantia de 90 mil Rippel plantou entre os dias 12 e 22 de julho e o total é um pouco inferior à última safra, quando colheu 720 arrobas. Porém, registrou quebra por causa do excesso do chuvas, mas principalmente em função do granizo.
ClimaAssim como os demais fumicultores, Rippel igualmente vive a expectativa de colher uma safra cheia, mas sabe que isto vai depender do comportamento do clima. “Se chover normalmente nos próximos dias, com certeza, o tabaco vai se desenvolver de forma satisfatória na lavoura e garantir a qualidade desejada na hora da venda”, frisa.
O gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari, confirma que o clima está um pouco diferente da safra passada quando houve excesso de chuva e atualmente, está fazendo mais frio e que este está acima do que normalmente ocorre. “Vejo este frio como um prejuízo não tão grande como aconteceu com o excesso de chuva na última safra que fez com que o tabaco se desenvolvesse de maneira muito bonita na lavoura, porém, não tinha peso, e o produtor, na hora de vender, tinha somente muito volume e um produto leve”, salienta.