Investigações da Polícia Civil (PC) resultaram na maior apreensão de bebidas alcoólicas realizada na história de Venâncio Aires. Levantamentos preliminares de fiscais da Receita Federal (RF) estimam que foram recolhidos cerca de R$ 100 mil em produtos contrabandeados. A mercadoria estava dentro de uma casa, no bairro Gressler, onde funcionava um centro de armazenamento e distribuição de bebidas. Parte do que foi apreendido estava pronto para a entrega e o destino eram diversos estados do Brasil.
Ontem pela manhã, fiscais da RF estiveram no depósito. Foi necessário um caminhão baú para recolher todas as bebidas que estavam armazenadas no imóvel. Além de diversas garrafas de uísque, de marcas variadas, como Jack Daniels e Red Label, foram apreendidas centenas de garrafas de espumantes, vodcas, gin, licores e latas de energéticos.
Para os agentes da PC, as bebidas têm origem variadas, podendo ser todas contrabandeadas do Uruguai. A maioria delas está sem o selo do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), o que configura crime. “As bebidas deveriam estar com os devidos selos do IPI, mas este mistério de como vieram parar aqui, sem os selos, deverá ser desvendado pela Receita”, comentou um dos agentes responsáveis pela investigação.
O inquérito policial que apura o contrabando será encaminhado à Polícia Federal. O dono do ‘negócio’ tem 34 anos – o nome será preservado, momentaneamente – e responderá a um processo administrativo na RF, em Santa Cruz do Sul, onde poderá apresentar sua defesa. Se comprovar que as bebidas entraram no país de forma legal e apresentar as devidas notas, as receberá de volta.
FLAGRANTEO esquema de contrabando e distribuição de bebidas neste endereço começou a ser desvendado na semana passada. Os agentes da PC receberam uma denúncia de contrabando de bebidas, de armas e munição e foram fazer levantamentos no local. “Chegamos para averiguar a situação e fazer algumas fotos e flagramos uma caminhonete de ré, na entrada da garagem, e pessoas descarregando bebidas”, explicou o agente.
A situação foi comunicada ao delegado Felipe Staub Cano, que imediatamente representou por um mandado de busca e apreensão, que foi concedido pelo Poder Judiciário. Os policiais entraram na casa e se depararam com um centro de armazenamento e distribuição de bebidas. “Havia até uma minimarcenaria, onde pessoas contratadas pelo chefe do esquema faziam caixas de madeiras, de diferentes tamanhos, para embalar e enviar as bebidas via Correios, para todo o Brasil”, revelou o policial civil. Armas e munições não foram encontradas.
A RF foi acionada e os fiscais vieram a Venâncio em uma caminhonete. Não tinham noção da quantidade de mercadorias que teriam que apreender e, por isso, a ação que começou na semana passada terminou ontem, quando os fiscais retornaram em uma caminhonete e com um caminhão baú. Toda a mercadoria permanecerá em um depósito da RF. Se o proprietário comprovar que ela entrou no país de forma legal, a receberá de volta; caso contrário, tudo será destruído.