O furto é uma prática que sempre existiu, assim como os roubos e o tráfico de entorpecentes. Tanto que, só este ano, 549 casos foram denunciados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Nos últimos dias, no entanto, houve um aumento expressivo no número de arrombamentos em obras. Para o delegado Vinícius Lourenço de Assunção, os receptadores e traficantes são os principais responsáveis por este aumento das ocorrências.
O titular da DPPA cita que as ferramentas e demais objetos furtados de dentro de galpões, em obras, na maioria das vezes, acabam virando pedras de crack. “Se há quem furta, certamente há quem compre estas mercadorias e, com o dinheiro, o ladrão sustenta o seu vício”, explica.
Outra possibilidade é dos ladrões usarem os objetos furtados como moeda de troca com traficantes. “E estes, posteriormente, repassam as mercadorias a outros receptadores, que dão destino aos furtos”. Isso acontece não somente com ferramentas, máquinas, mangueiras, fios, extensões, entre outros, como também com bicicletas, televisores, celulares e outros objetos furtados e que desaparecem.
Chama atenção a investida dos ladrões contra os galpões de obras, que aumentaram consideravelmente nos últimos dias. No fim de semana, por exemplo, ladrões fizeram uma limpa em um galpão, no loteamento Parque do Chimarrão. Até uma betoneira, que é um equipamento de grandes proporções, foi levada. “Com certeza ela tinha sido encomendada por alguém”, comentaram os pedreiros.
Conforme eles, seguidamente são praticados furtos de ferramentas em obras, em toda a cidade. Mas a ousadia está aumentado a ponto dos ladrões furtarem um equipamento de grande porte e pesado, como uma betoneira. Dias atrás, comentou um instalador de calhas, alguém furtou uma escada de alumínio de cima do carro do seu filho, no instante em que ele foi avaliar uma obra, em plena luz do dia.
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