Entre os anos de 2011 e 2012, chegou haver a falta de erva-mate em função do destocamento dos ervais efetuado entre os anos de 2008 e 2010. Contando com os incentivos do poder público municipal, que forneceu as mudas para o replantio e plantio de novas áreas, os produtores investiram na cultura. Aliado a isto, recuperaram os ervais velhos usando a adubação adequada e os tratos culturais. Além disso, contaram com o clima favorável e chuvas dentro da normalidade. E o reflexo de tudo isto, é o excesso da oferta da matéria-prima.
O chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Vicente Fin, destaca que outros fatores levaram ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda e ao destocamento dos ervais. Fin observa que os últimos anos foram de volumes menores de chuva, e além disso, fazia alguns anos que o produtor não fazia os tratos culturais de adubações. “Uma vez que teve recuperação a um preço adequado acima de R$ 15 e com picos de R$ 17 a R$ 18 pagos pela arroba no Polo de Venâncio Aires, o produtor passou a fazer os tratos culturais, e a adubação”, frisa. Porém, isto ocorreu nos outros polos também e o produtor viu que naquele momento, valia à pena investir na erva-mate. DIAGNóSTICO
No terceiro ciclo de destocamento iniciado após o diagnóstico iniciado em 2012 e até o momento, foram erradicados em torno de 50 a 50 hectares, reduzindo para 1,5 mil hectares de erva no município. Em curto prazo, mesmo havendo uma recuperação, a tendência é de haver uma perda de 50 a 100 hectares, podendo fechar o ano de 2018 com 1,4 mil hectares. “Havendo qualquer piora, estamos sujeitos a perder todos os ervais das terras agricultáveis com máquina. Estamos numa situação de não sermos mais o referencial de erva-mate, principalmente na região do barro vermelho”, alerta Fin.Os ervais variam de 800 a 1,2 mil pés por hectare e a produtividade média é de 400 arrobas, ou 6.750 quilos por hectare.