Mais um passo foi dado para a construção da Ferrovia Norte Sul. A empresa do Governo Federal, Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, responsável pela construção da Ferrovia Norte Sul, publicou na segunda-feira, 18, o edital para contratar a companhia responsável pelos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental entre Panorama, São Paulo, até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O trecho representa uma ampliação da ferrovia na região sul do Brasil em mais 1.620 quilômetros, informou a empresa em seu site. O estudo está orçado em R$ 18 milhões.
A obra não apenas busca a diminuição do tráfego de cargas nas rodovias, mas é vista como uma alternativa para transportar toda a carga produtiva da região sul do país. As lideranças dos Vales do Rio Pardo e Taquari estão mobilizadas para que o traçado da ferrovia passe pela região, mas somente estes estudos poderão definir as viabilidades.
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Conforme a Valec, os planos são de contratar a empresa que realizará esses estudos até setembro deste ano, e ter os estudos concluídos até meados de setembro de 2013. Após a conclusão dos estudos, a empresa se programará para a realização dos projetos básicos para cada um dos novos trechos, ao mesmo tempo em que buscará a obtenção das licenças ambientais, informou a assessoria da Valec. Além do prolongamento da ferrovia Norte Sul, a empresa trabalha nos estudos da Ferroeste no trecho entre Cascavel (PR) e Dourados/Maracaju (MS).
TRAçADO NOS VALES
Para o prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, que na região preside a comissão em defesa do traçado nos Vales, a estrada de ferro irá trazer muitos benefícios, especialmente para escoação das safras e produções. A possibilidade levantada em 2010, para que o traçado passe pela região continua, garante Artus. “O estudo do projeto vai analisar algumas questões que envolvem o declive e aclive, mas a princípio nossa região vai ser contemplada”.
O chefe do Executivo, que está em Brasília cumprindo agenda junto à Câmara Setorial do Tabaco, tentou agenda com o Ministério dos Transportes, mas devido à realização da Rio+20, não foi possível e terá de ficar para uma próxima viagem à Capital Federal. O objetivo era ter mais informações sobre o empreendimento.
Para Airton, a ferrovia representa um resgate de uma passivo e equívoco das política feitas no último século, especialmente nos últimos 50 anos. “Pois já tivemos um avanço e depois um retrocesso”. Entretanto, atenta para um trabalho que tenha harmonia com os demais sistemas de transportes – ferroviário, rodoviário, fluvial. “Hoje, o transporte rodoviário é muito forte em Venâncio, por exemplo, e não queremos que seja prejudicado. Temos que ter uma atuação para que haja uma harmonia para trabalhar o crescimento sustentável e não só politicamente correto”, opina. A comissão tem como objetivo que a estrada passe por Passo Fundo, Lajeado e Santa Cruz do Sul, percorrendo também Encruzilhada do Sul e Pantano Grande até o Porto de Rio Grande.
