Parceria entre o Conselho da Comunidade (CC) e o Conselho Pró-Segurança Pública (Consepro) possibilitou a limpeza das caixas coletoras de esgoto e o hidrojateamento da canalização da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). O próximo passo é a aquisição de uma bomba de recalque para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) funcionar normalmente – já que a outra está queimada -, e depois a colocação de gradis nas caixas coletoras, para impedir a passagem de material sólido para a ETE.

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do Mate.

O trabalho que visa solucionar definitivamente o problema no esgoto da casa prisional começou segunda-feira e deve terminar na próxima semana. Parte do serviço foi feito por funcionários da Verdi, responsável pela construção da penitenciária, e o restante está sendo custeado pelo CC e Consepro.

No entanto, explica Oli Diniz Zorzo, a empresa Gabriel Desentupidora, de Arroio do Meio, foi contratada e executou a sucção e o hidrojateamento do encanamento. Foram necessárias duas cargas, que totalizaram 18 metros cúbicos de material que deveriam ter ido para o lixo, como sacolas plásticas, pedaços de tecido e restos de comida, mas que acabaram no encanamento. “Mas agora temos que correr atrás da verba, já que ainda não temos a resposta de que ela será repassada como acontecia anteriormente”, mencionou o presidente do CC.

Zorzo espera que o dinheiro venha da penas alternativas impostas pela Vara de Execuções Criminais (VEC). “Essa burocracia, que ocasiona a dificuldade em receber as verbas, só nos atrapalha e impede que consigamos realizar os trabalhos que deveríamos e queremos fazer” desabafou.

Flávio Bienert, presidente do Consepro, se responsabilizou em comprar a bomba de recalque para a estação de tratamento. Com ela será possível tratar o esgoto que chega e devolvê-lo à natureza em condições.

LICITAÇÃO

Enquanto acompanhava o trabalho de sucção dos dejetos sólidos, o diretor da Peva revelou que a Susepe licitou com uma empresa o recolhimento do lixo que é produzido por apenados e funcionários da casa prisional. Elton Ribeiro disse que o recolhimento será feito duas vezes por semana.

Outro problema que persiste é da estrada que liga a RSC-287 à penitenciária. Por causa do esgoto que corre a céu aberto, moradores fizeram barreiras de contenção, usando taquaras e agora, a cada chuva, a estrada alaga e fica intransitável.