Representantes da Afubra, Fetag e Farsul realizaram na quarta-feira, 25, visitas às fumageiras Souza Cruz, Phillip Morris, JTI e CTA para acompanhar a comercialização de tabaco.

Já consideradas de rotina e realizadas a cada ano, as visitas tem por objetivo verificar o andamento da comercialização, conversar com os produtores e identificar possíveis problemas. De acordo com a comitiva, verificou-se um acentuado rigor, por parte das empresas, na classificação do produto no momento da compra.

PreçoAs entidades continuam mobilizadas para conseguir uma tabela única de preço para esta safra de tabaco. Contatos frequentes são mantidos com as empresas que ainda não aderiram ao reajuste de 6,4%.

A representação é formada pelas federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Conforme o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, apenas duas empresas assinaram protocolo nesse ano, outras fumageiras sequer repassaram os custos para os produtores e ainda há aquelas que dão aumento apenas para algum tipo de classe.

Devido a rigorosidade das empresas no momento da compra, Joel adianta que outra queixa dos produtores é a política de algumas empresas que não querem comprar fumo de baixa qualidade. O dirigente contou que a Comissão Interestadual de representação dos produtores está discutindo com as empresas a fim de reverter a política adotada por elas até o momento.

Dicas para boa venda

Os dirigentes destacam alguns pontos que devem ser adotados pelos produtores, para uma boa venda de tabaco:- fazer a classificação do tabaco rigorosamente dentro de sua classe, pois a tolerância de mistura de classes, dentro da Portaria, é de 10%;- cuidar com a umidade, pois as empresas estão fazendo a medição e o desconto quando é superior ao tolerado pela Portaria;- cuidar com as impurezas e materiais estranhos ao tabaco;- acompanhar na esteira a hora da classificação para eventuais dúvidas e esclarecimentos.

Contrabando gera desequilíbrio social e econômico

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB), recebeu, na manhã de ontem, os gerentes de Relações Governamentais da Souza Cruz, Rafael Arantes e Bruno Canto, acompanhados da assessora Barbara Marianne Schleicher, no Gabinete da Presidência do Parlamento. 

Durante a conversa, Arantes falou sobre a preocupação com o crescimento do índice de contrabando de cigarros no Brasil, de 16% (2009) para 35% (2015), o que vem gerando um desequilíbrio social e econômico ligado ao segmento fumageiro. “Cada 1% de cigarro contrabandeado representa R$ 1 bilhão a menos de arrecadação. Isso interfere diretamente na produção da empresa e nos empregos gerados”, frisou o presidente. 

Edson Brum destacou a importância de uma força-tarefa, com participação de empresas e entidades ligadas ao setor do tabaco, apoiado pelo Legislativo e pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele se comprometeu a fazer intermediação junto ao secretário, Wantuir Jacini, para que seja desenvolvido um trabalho, principalmente em relação ao controle das fronteiras.

Foto: Arquivo FMRigor, por parte das empresas, ocorre no momento da classificação do produto
Rigor, por parte das empresas, ocorre no momento da classificação do produto