As duas produtoras de morangos de Mato Leitão se preparam para uma nova safra da fruta. Neste ano, a expectativa é de que haja um aumento da produção, uma vez que ambas investiram na construção de novas estufas, o que garante a ampliação no número de pés da fruta que estão sendo cultivadas. Além disso, elas esperam que o tempo colabore, para que os morangos possam ter o desenvolvimento adequado.
Na propriedade de Evani Maria de Souza da Cruz, 56 anos, no Canto dos Dresch, ela e o filho Douglas da Cruz, 23 anos, atualmente, trabalham com duas estufas, cada uma delas com mais de 800 pés de morangos, totalizando cerca de 1,7 mil. Evani relata que este é o quarto ano que ela está trabalhando com os morangos. Nas safras passadas, produziu aproximadamente 400 quilos em cada ano. O cultivo é sem agrotóxico.
Com a construção da estufa nova, ela e o filho acreditam que a produção dobre e chegue mais perto de uma tonelada. Além disso, Evani ressalta que é necessário que o tempo colabore. “Não precisa ser quente, mas a planta precisa de sol. No mês passado, a colheita não foi tão boa por causa da chuva e da umidade”, compartilha.
Os morangos são comercializados para moradores de Mato Leitão e de Venâncio Aires por meio de vendas diretas. Além disso, Evani e Douglas criaram um perfil no Instagram (Agromec) e destacam que ele tem sido um importante canal para as vendas.
Inovações
Em Linha Boa Esperança Alta, a produtora Sirlene Maria Reiter Nyeland, 55 anos, também tem uma expectativa positiva para a safra. Ela e o marido, Walmor Rodolfo Nyeland, 62 anos, trabalham há dois anos exclusivamente com a produção de morangos e comercializam as frutas na Cidade das Orquídeas, em Venâncio Aires e em Lajeado.
Na última safra, foram colhidos cerca de 2,5 mil quilos de morangos produzidos de forma ecológica. Neste ano, ela fez a construção de uma estufa nova e espera triplicar a produção. O objetivo é fazer um novo aumento para o ano que vem, com a utilização de uma terceira estrutura. A produção semanal das duas estufas ativas está sendo de, em média, 250 quilos.
Sirlene também investiu, recentemente, na criação de um rótulo para identificar o recipiente entregue ao cliente com a sua marca. Além disso, ela passou a utilizar máquina de cartão para o pagamento das frutas pelos clientes e se cadastrou no programa de rastreabilidade da Emater, o que facilita a venda do produto em mercados de porte maior.
O extensionista rural da Emater, Rudinei Pinheiro Medeiros, que atua em Mato Leitão, destaca que os morangos estão se desenvolvendo bem, o que gera a expectativa de uma boa safra da fruta no município. Contudo, ele observa que as condições climáticas têm influência significativa na produção, floração e amadurecimento da fruta. “A umidade causa problemas com fungos, o que resulta na baixa da produção”, explica.
