Desde o dia 15 de abril, a colheita e a comercialização do pinhão estão liberadas no Rio Grande do Sul. Porém, de acordo com a Emater/RS-Ascar, 2016, assim como ocorreu nos últimos três anos, será de quebra de safra. A estimativa é de que sejam comercializadas, em todo o Estado, entre 600 e 800 toneladas da semente.
São várias causas que influenciam a quebra de safra de pinhão nos últimos. O chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Vicente Fin, observa que a queda na produção faz parte do ciclo natural da planta. “A cada quatro ou cinco anos, o pinheiro tem uma produção vasta, depois a produção vai diminuindo, pois a planta fica exaurida, ou seja, alterna boa produtividade com produções menos intensas”, destaca. Embora a safra atual apresente boa qualidade, apesar da redução no tamanho das pinhas e das sementes, em termos de produção, se comparada à safra anterior, deverá apresentar uma redução de 30% a 40%. “De acordo com considerações feitas pelos extrativistas, a queda na produção também se deve ao excesso de chuva na florada e invernos atípicos, fatores que afetaram a fecundação e a polinização.”
“Se eu quiser comer pinhão este ano, preciso comprar no mercado”, afirma o produtor Elo Niestche, morador de Linha Madalena, na divisa com Linha Silva Tavares. Há muitos anos, ele plantou 30 mudas de pinhão e conta que até o ano passado, colhia bastante pinhão. Niestche tem no pinhão uma das fontes de renda, consorciada com a produção de bananas e o reflorestamento de eucalipto.
“Este ano, nem para ´remédio` consigo colher pinhão dos meus pinheiros.”