
Com as eleições cada vez mais próximas, quem percebe uma movimentação diferenciada são as gráficas e empresas de comunicação visual que fornecem materiais como santinhos, folhetos e adesivos para os candidatos. O momento, agora, é de pesquisa de preços por parte dos pré-candidatos, já que ainda não foram homologadas as candidaturas pela Justiça Eleitoral, o que os impossibilita de solicitarem o material impresso. Como a partir deste pleito as placas de rua são proibidas, o tradicional santinho deve ser um dos principais aliados dos candidatos.
Com base nos dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos a prefeito de Venâncio Aires poderão gastar, no máximo, R$ 262.887,67, enquanto que os candidatos a vereador terão um limite de gastos de R$ 42.654,22. Dos valores mencionados, uma parcela será destinada ao custeio de materiais gráficos para divulgação dos candidatos e suas propostas.
De acordo com o proprietário de uma gráfica de Venâncio, Marcel Coutinho, há mais de um mês vários pré-candidatos já frequentaram a empresa para pesquisar os valores dos materiais. Na opinião dele, na próxima semana o movimento deverá ser maior. “A especulação está existindo e está sendo feita a previsão de orçamentos para se ter noção de gastos”, complementa.
As propagandas eleitorais irão se iniciar no dia 16 deste mês e, segundo Coutinho, muitos pré-candidatos já solicitaram que a gráfica crie um modelo de santinho.
FATURAMENTO MAIORA estimativa, de acordo com o proprietário, é de que a demanda na fabricação de santinhos, folhetos, cartazes, entre outros, seja grande, até em função de não ser limitado o número desses materiais a serem impressos. Coutinho acredita que em função das eleições, a gráfica chega a ter um aumento de 50% no faturamento médio. “Acredito que a movimentação vai ser maior, porque a indústria gráfica não tem limite para produção de quantidade de material”, complementa.
De acordo com o TSE, está proibida a propaganda eleitoral em banners, placas de ruas e em residências. “Desta vez, a campanha vai se resumir nas redes sociais, na impressão de folhetos e rádio”, comenta.
Coutinho explica que as eleições costumam ser mais positivas para a gráfica quando se referem às municipais, devido à proximidade dos candidatos. “Eles querem manter o faturamento na cidade e contribuir com o imposto local, por exemplo” acrescenta.
Além dos santinhos que estão no topo dos materiais mais solicitados na gráfica, também são muito procurados para a impressão fôlderes, folhetos, cartazes, informativos e mala direta (espécie de fôlder enviado por meio dos Correios). Segundo o proprietário, neste ano existe a expectativa de que serão vendidos em grande quantidade os cartazes, já que banners e placas estão proibidos.
Em busca de orçamentoO proprietário de uma empresa de comunicação visual de Venâncio, Carlos Augusto Dettenborn, ressalta que há cerca de dez dias pré-candidatos começaram a buscar orçamentos, mas o número de pessoas interessadas ainda é pequeno. Dettenborn acredita que o movimento será maior no local daqui a cerca de duas semanas, quando será possível de fato produzir os materiais. “No momento não tem nada de produção, apenas pesquisa de preços”, complementa.
Segundo ele, espera-se um acréscimo de 40% nas vendas, mas Dettenborn percebe que as pessoas estão cada vez mais receosas com os gastos, o que fez diminuir um pouco, desta vez, a expectativa de vendas em comparação aos pleitos anteriores.
Para o proprietário, a redução vai ao encontro do limite no valor que cada candidato terá para gastar.
Dettenborn ainda fala a respeito do período de campanha eleitoral que é de 45 dias. Na opinião dele, como o tempo é curto, isso faz com que alguns candidatos não invistam mais tanto em materiais gráficos e em produtos na área de comunicação visual. “Como um vereador vai divulgar a candidatura em 45 dias? Antes a campanha era de três meses”, acrescenta.