Foto mostra profissional trabalhando com kits para uso em casa para detectar infecções por Covid-19. (Foto: Jeremias Gonzalez/AP/Divulgação)
Foto mostra profissional trabalhando com kits para uso em casa para detectar infecções por Covid-19. (Foto: Jeremias Gonzalez/AP/Divulgação)

A incidência de casos positivos de coronavírus em todo o mundo e a dificuldade, em muitas vezes, de se conseguir realizar um teste antígeno, gerou uma mobilização para uma nova alternativa de checagem: os autotestes. Nos Estados Unidos e na Europa, o método já é utilizado. No exame, o usuário coleta sua própria amostra seguindo instruções do fabricante, diferente dos testes já feitos, que são coletados e interpretados nas farmácias e postos de saúde.

Até o momento, mesmo com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso dos autotestes no fim de janeiro, os exames ainda não estão à venda. Isso porque as empresas que encaminharam pedidos para a venda dos exames ainda precisam de aprovação e registro na Anvisa, para somente após iniciarem a comercialização do autoteste. A expectativa é de que o Sistema Único de Saúde (SUS) também compre testes para distribuição.

Segundo o coordenador dos postos de saúde da Capital do Chimarrão, Alan Flores da Rosa, até o momento o município ainda não recebeu por parte dos governos federal e estadual nenhuma orientação sobre o uso e a vinda dos autotestes. “Pelo que ouvimos dos noticiários, ao testar positivo, as pessoas terão que realizar igual um novo teste em algum posto de testagem, mas não recebemos nada oficial ainda.” Flores, no entanto, acredita que deve demorar para que o exame chegue até Venâncio Aires.

Procura

A reportagem da Folha do Mate contatou cinco farmácias de Venâncio Aires e questionou se já havia a procura dos autotestes pelas pessoas, mesmo ainda não tendo nenhum exame efetivamente à venda. Dos cinco locais entrevistados, apenas um informou que clientes já perguntaram sobre a comercialização do exame.

Empresários do ramo e farmacêuticos opinaram também que acreditam que o autoteste não será uma boa saída para ajudar no controle da pandemia. Alguns dos motivos apontados foram o não conhecimento de como fazer, podendo a pessoa realizar o teste incorretamente e gerar também um resultado falso, bem como o prejuízo no controle dos casos positivados.

  • 53 é o número de pedidos já recebidos pela Anvisa para registro de autotestes por parte dos fabricantes. Destes, sete tiveram análise concluída e aguardam a publicação do resultado no Diário Oficial, quatro estão em análise pela área técnica, seis precisam apresentar dados complementares (fase de exigência técnica), 33 ainda aguardam o início da análise e três foram indeferidos (negados).

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