Durante o almoço anual com a imprensa da região ocorrido nesta segunda-feira, 12, no Restaurante Capri em Santa Cruz do Sul, o deputado federal Heitor José Schuch (PSB/RS) avaliou o segundo ano de seu mandato, e, entre as questões abordadas e que mais estiveram em pauta nos últimos dias, é o projeto de Reforma da Previdência Social encaminhado pelo Governo Federal ao Congresso.
Ao explicar o por quê de acreditar que a reforma da Previdência Social não será aprovada, Schuch colocou que o governo fez uma proposta dura demais, distante da realidade que todos que todos imaginavam. Um dos fatos que pesa contra o governo é o aumento da idade de homens e mulheres para 65 anos. Por outro lado, querer exigir uma contribuição individual dos agricultores familiares durante 25 nos, mês a mês, é algo impensável. “Como é que o produtor vai ter dinheiro para ir no banco todos os meses e pagar o carnê de contribuição?”, questionou. Para Schuch, se na região do Sul isto será difícil, imagina no Nordeste, pois lá, segundo ele, ninguém mais da agricultura se aposentará, pois muitas vezes e durante cinco anos seguidos, os produtores não têm renda por causa da seca. “Este modelo não tem sustento.”
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Do jeito como o projeto está redigido, Schuch acredita que o governo não terá os 308 votos favoráveis para a sua aprovação. “Se fosse um governo com credibilidade, o projeto até era passível de aprovação”, destacou. Porém, é um governo fragilizado, que está há meio ano instalado e que ainda não conseguiu deixar uma marca, pois apenas joga as coisas para o mercado e este por sua vez, não responde, a taxa de juros não cai, o Brasil não consegue diminuir ou estancar o emprego. “é um governo refém de um ´centrão`, que é aquele grupo de parlamentares que somente aprovam projetos com favores em troca.”Schuch também abordou a reforma da Previdência Social durante a posse da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires (STR), ocorrida na noite da sexta-feira, 9. “Este é o pacote que está no Congresso e que vamos começar a conversar neste mês. Em Brasília tem 513 deputados: se tiver um que vai votar contra o projeto, este tem nome, endereço e CPF e se chama Heitor Schuch”, garantiu.
