A falta de informações sobre os debates que serão realizados na 6ª Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), fazem com que o setor busque alternativas para defender a produção da planta no Brasil. O documento teria que ser divulgado para todos os países participantes da COP, 60 dias antes do evento, prazo que encerrou na última quinta-feira.
Desta forma, o setor produtivo revela que busca garantir acesso ao plano de debates da Conferência deste ano em outros países. As ações definidas durante o encontro, que neste ano ocorre na Rússia, podem interferir e prejudicar os pequenos agricultores. Além disso, restrições para as plantações de tabaco ameaçam toda a cadeia produtiva.
Conforme o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, a estratégia de buscar informações sobre as pautas que estão em discussão com representantes de outros países, já foi utilizada em anos anteriores. “Eu acredito que neste mês não vai ser publicado. Em outros anos nós conseguimos acesso ao documento que será discutido no COP em outros países, por meio de entidades ligadas as indústrias do tabaco.”
A batalha para garantir informações e as pautas do encontro promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é fundamental para trabalhar a defesa do setor. De acordo com Schneider, o descumprimento da regra para a publicação do documento é corriqueira, e ocorreu também nas últimas edições das conferências. “Com certeza é estratégia, porque os assuntos para o controle do tabaco são tratados de forma ideológica. Mas precisamos ter noção para preparar a defesa do setor, especialmente levando-se em consideração a subsistência de famílias,” explica.
A expectativa do setor é de que a posição adotada na edição de 2012, pode ser reavaliada. Na oportunidade, o Brasil defendeu a continuidade da produção de tabaco enquanto houver mercado. A COP 6 ocorre entre os dias 13 e 18 de outubro na cidade de Moscou.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 22/08/2014.
