Após ler o documento que relatará os posicionamentos do Governo Federal na 6ª Conferência das Partes, o setor do tabaco poderá elaborar um novo relatório que será entregue ao Ministério das Relações Exteriores. Ainda com certa expectativa da posição do Brasil na COP 6, que ocorre na Rússia em outubro, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco busca se mobilizar para evitar medidas que possam prejudicar os produtores rurais.

Conforme o presidente do grupo, Romeu Schneider, a preocupação é de garantir que o Governo Federal mantenha o mesmo posicionamento adotado na COP 5, que ocorreu na Coréia do Sul. Para ele, é necessário ter condições para produzir tabaco, enquanto houver mercado. “Quando nós tivermos acesso ao documento que será debatido, queremos analisar e se necessário alertar o Ministério das Relações Exteriores sobre os riscos que podem ocorrer se medidas foram adotadas para diminuir o plantio de tabaco. Fizemos o mesmo processo em 2012 e conseguimos convencer o governo a mudar o seu posicionamento.”

Mesmo com o prazo estipulado para publicar o documento, que será discutido na reunião em Moscou, 60 dias antes do evento, a expectativa é de que ocorra nos próximos dias. Pelo calendário, a publicação deveria ocorrer hoje, quinta-feira, 14. Entretanto, Schneider acredita que a documentação que será discutida na COP 6 será divulgada na semana que vem. A preocupação maior do setor é com o posicionamento do Brasil para os artigos 17 e 18 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Cqct), que tratam sobre a diversificação e a proteção ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

“Neste ano vai voltar ao debate estes dois artigos, e não se sabe qual a posição que o Brasil vai tomar, para não prejudicar os pequenos produtores. Mas temos convicção de que antes da semana que vem esta documentação não vai ser divulgada,” argumenta.

Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 14/08/2014.