A Região Sul do Brasil concentra um dos maiores complexos fabris de beneficiamento de tabaco em folha do mundo, envolvendo milhares de empregos diretos e indiretos. Todos os anos, o Brasil recebe clientes de aproximadamente 100 países interessados no tabaco produzido na Região Sul.“A demanda por tabaco continuará existindo, porém, precisamos ajustar a produção ao mercado, com um custo que seja possível manter o produto brasileiro competitivo no mercado internacional. Os países africanos são nossos maiores concorrentes nesse sentido, pois produzem tabaco semelhante ao nosso, mas com um custo de produção menor”, avalia o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke. No mesmo dia em que o Brasil celebra o setor industrial, o SindiTabaco comemora o 4º aniversário do Programa Crescer Legal nesta segunda-feira, 25. Trata-se de um dos maiores programas de combate ao trabalho infantil na agricultura do mundo. De acordo com a legislação vigente, menores de 18 anos não podem trabalhar na cultura do tabaco. Neste sentido, o acordo prevê a exigência do comprovante de matrícula escolar dos filhos de produtores no período da assinatura do contrato de comercialização de safra entre produtor e empresa e o comprovante de frequência ao final de cada ano letivo.Considerado um problema cultural, erradicar o trabalho de crianças e adolescentes na agricultura familiar tem sido o desafio do programa Crescer Legal. O principal trabalho é o da conscientização, por meio de seminários, treinamentos, distribuição de cartilhas de orientação, veiculação de campanhas de mídia sobre o tema e parcerias que promovem a educação e qualificam o jovem para a sucessão nas propriedades.
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