A partir de segunda-feira, 13, a Rússia, sedia a 6ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. Lá, representantes do mundo discutem ações que possam colaborar com a diminuição do consumo de cigarro no planeta. Entretanto, as medidas podem prejudicar a produção no Brasil, especialmente na região, com restrições ao crédito e planos de diversificação de culturas, com eliminação das lavouras de tabaco.
Assim, o setor se mobilizou, mesmo não tendo direito a participar da conferência, mas em um trabalho externo de pressão para que o governo brasileiro não assuma compromissos que possam inviabilizar as lavouras e o funcionamento das industrias instaladas. O presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) e prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst, ressaltou a necessidade de mobilização para não prejudicar a economia dos municípios.
“O que seria de Santa Cruz se não tivéssemos a cadeia produtiva do tabaco. Nós criamos a Amprotabaco para defender a economia das cidades e o emprego da nossa gente,” argumenta. O prefeito Airton Artus, que estará no evento mundial, representando a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), afirma que o governo precisa assumir o seu posicionamento, sem manter o clima de indefinição. “O Governo Federal precisa ter autoridade e posicionamento claro sobre a produção de tabaco no Brasil. Ao longo destes anos conseguímos convencer o governador Tarso Genro e a presidente Dilma, que o setor é importante para a economia nacional e do Rio Grande do Sul. Esperamos trabalhar forte novamente nesta edição, para garantir que não hajam restrições a produção.”